Durante a semana, a Policia Marítima de Olhão, desencadeou uma acção de combate ao campismo selvagem na Ria Formosa, como nos dá conta o https://regiao-sul.pt/2018/07/30/ambiente/policia-maritima-fiscaliza-campismo-selvagem-na-ilha-da-culatra/443156.
Na Ria Formosa, com parcas excepções, não é permitido fazer campismo, porque uns quantos selvagens no Poder assim o determinaram. Mas tanto determinaram isso como determinaram outras regras que estão, inclusivé, nos planos de ordenamento.
Sempre defendemos e continuamos a defender que na Ilha da Culatra, onde a policia desencadeou a acção, há lugar mais que suficiente para se instalar um Parque de Campismo, onde os adeptos da natureza a possam desfrutar sem ter de despender as rendas cobradas pelo aluguer das casas. É que se alguns têm disponibilidade para o fazer, muitos, a grande maioria, não tem condições económicas para passar uma ou mais noites na ilha.
Lembramos que no núcleo dos Hangares, existe um enorme espaço, vedado, da Marinha, sem qualquer utilidade e que quando a teve, servia para procederem a rebentamentos ou tiros que punham em causa a nidificação das aves. Isto em pleno Parque Natural!
Um espaço completamente abandonado e que podia ser utilizado como Parque de Campismo se para isso fossem criadas as condições necessárias. Parque de Campismo que podia ser concessionado à Associação de Moradores da Ilha da Culatra para que com as receitas dali resultantes, pudessem manter uma certa actividade social, cultural e ambiental.
Proibir o Campismo é o mesmo que estar a proibir as pessoas menores recursos a desfrutarem da natureza por razões económicas. É óbvio que sabemos que mais dia menos dia, vamos ver as ilhas da Ria Formosa transformadas, alienadas ou concessionadas para satisfação de grandes interesses económico-financeiros, razão pela qual se afasta o maior numero possível das populações locais.
Em contrapartida, o canal de ligação da Culatra à Armona, está classificado pelo POOC como canal secundário, onde para alem dos barcos da pesca profissional, apenas os barcos a motor com menos de 9 metros podem navegar. Se olharmos para a ponta nascente da Ilha, ali perto da Fortaleza, vemos barcos a motor de dimensões consideráveis, que de acordo com o POOC não podiam estar. E a Policia Marítima que faz nada? NADA!
De acordo com o POOC e com a sociedade Polis, em liquidação, deveriam ter sido instalados alguns fundeadores, mas não foram. Os fundeadores podiam ser uma boa resposta para tentar salvar alguns das pradarias marinhas destruídas pelos ferros e correntes das embarcações que fazem de fundeador aquela zona.
Será que só o campismo é selvagem? E o resto? Quais os critérios para a Policia Marítima perseguir uns e não perseguir os outros? Sempre o dinheiro por detrás deste tipo de decisões. Tens muito, muito vales, nada tens nada vales.
Os governos e as suas instituições são tanto ou mais selvagens quando restringem ao Povo o acesso à natureza por razões económicas, do que aqueles que montam uma tenda para pernoitar uma noite na ilha.
E quanto às fogueiras, às quais são aplicadas coimas elevadíssimas, gostaríamos de saber porque razão a mesma PM não multou a Câmara Municipal de Olhão quando fez a queima na Ilha da Armona. A uns fecham-se os olhos aos outros aplicam-se coimas. Belo regime este!
De facto algumas verdades...
ResponderEliminarEntão é aquele com um grande iate a dar um jantar a bordo mesmo em frente as praças, a cerca de 30 metros das praças ontem à noite?! Foi o gozo geral para o pessoal ver os montanheiros a mostrar que são mais que os outros. E ainda por cima é proibido fundear ali, seja por que motivo fôr. Mas não vi a polícia marítima.
ResponderEliminarNa minha opinião devia existir uma limpeza de gentalha de fracos recursos das ilhas o desenvolvimento e riqueza só se consegue com investimento o mesmo que dizer só com dinheiro.
ResponderEliminarO tempo das comidas em fogareiro de carvão já acabou e a gentalha de unhas grandes chegou ao fim.
Investimento e limpeza JÁ!