Como se pode ver no link a seguir, http://www.cm-olhao.pt/destaques2/2546-municipio-alerta-para-combate-a-desigualdade-e-pretende-erradicacao-da-pobreza, vem a Câmara Municipal de Olhão, de forma hipócrita dizer pretender combater a desigualdade e erradicar a pobreza, quando tem feito precisamente o oposto.
Começamos por verificar que com as medidas propostas pela autarquia para a semana nacional da pelo combate às desigualdades e erradicação da pobreza, não é, não foi nem nunca será uma prioridade da autarquia ou até mesmo do governo empenhar-se a fundo neste combate.
Se o anterior governo primava pelos cortes na classe média, o actual cria impostos indirectos, os quais atingem de forma desigual as classes mais desprotegidas. Impostos sobre o consumo, sejam eles de combustíveis, bebidas açucaradas ou salgados mais o IVA, são impostos que afectam os consumidores, sendo que quanto menor for o seu rendimento, mais sentem o aumento provocado por tais impostos. Será isto combater desigualdades ou erradicar a pobreza ou aumentar a situação já existente?
Quanto às medidas do município em matéria de "inclusão" é olhar para os olhanenses que são corridos do centro da cidade, por razões económicas. para no seu lugar colocar outros com maior poder de compra. É isto combater as desigualdades, erradicar a pobreza ou prosseguir uma política de inclusão? Afinal os filhos de Olhão são corridos para os guetos da periferia enquanto se cria uma zona de luxo para terceiros, estamos a falar da frente ribeirinha, mais de acordo com as vaidades de políticos de merda que têm gerido a autarquia ao longo destes quarenta anos.
Enquanto promovem actividades, ainda que meritórias mas que nada dizem ao desenvolvimento social, vemos continuar a poluição da Ria Formosa, que condena milhares ao emagrecimento dos seus rendimentos, a roçar mesmo a pobreza. Quando é que a autarquia dá um passo no sentido de acabar com o principal problema da cidade?
Que políticas de promoção de empregabilidade tem a autarquia levado a cabo? É que gostaríamos de saber como se combatem as desigualdades e a pobreza quando cada vez há menos rendimento para quem vive na cidade. E já agora, porque a autarquia tem todos os meios para isso, gostaríamos de saber números, como os dos censos quanto à população total, a quantidade de pessoas em idade inactiva ( dos zero aos quinze anos e dos que têm mais de sessenta e cinco), a quantidade de pessoas em idade activa, a quantidade de pessoas a receber o Rendimento Social de Inserção. o numero de desempregados, o numero de estagiários e o numero de frequentadores de cursos do IEFP e por fim o numero de postos de trabalho perdidos e criados.
Porque não fornece a autarquia esses números, para que todos nós possamos ver a realidade social de Olhão. Sem isso, bem podem falar em "combates" porque no fundo o que vêm fazendo é promover o contrário daquilo que dizem combater.
HIPÓCRITAS!
Estatisticamente e mesmo factualmente, é-me muito difícil medir o nível de desigualdade em termos de rendimentos. Não tenho dados! O que é observável é um número considerável de pessoas à porta do centro de emprego, muitas pessoas nos cafés, principalmente as de menor rendimentos, mas acima de tudo o que sinto é uma grande falta de educação, cultura e cidadania. Será que uma coisa leva à outra ou estão interligadas? Acho que sim! Agora fico é um bocado confuso com o número de carros de alta cilindrada e novos que vejo estacionados e a circular em Olhão, e sei que são de pessoas que vivem ou são de Olhão. Aqui, como exemplo, se vêem as desigualdades!
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