O ainda presidente da câmara municipal de Olhão tinha acabado de herdar a cadeira do Poder Local, quando, em sessão de câmara publica, questionado sobre os esgotos e a situação da ETAR Poente de Olhão, respondia da forma que se pode ler no sublinhado na imagem acima. Dia 27 de Novembro de 2013!
Dizia entre outras coisas que os esgotos eram uma prioridade; que os esgotos da Ilha da Armona é uma questão que deve ser estudada; que as informações que tinha sobre a ETAR apontavam para o cumprimento dos parâmetros legais.
Sobre estes temas, na Assembleia Municipal que se realizou ontem e anteontem, o presidente afirmou que afinal os esgotos não eram uma prioridade, mas sim as obras da 5 de Outubro; que o concurso para os esgotos da Ilha da Armona tinha ficado deserto, porque o caderno de encargos apontava para 2,5 milhões de euros, mas que dentro em breve será lançado novo concurso com um valor de 3,5 milhões.
Apesar de ter deixado de ser uma prioridade, arranjou dinheiro para proceder à substituição das fossas na zona nascente de Olhão, mas ainda não tem o dinheiro para fazer os esgotos da Armona, condição indispensável para a renovação da concessão. Claro que a intervenção a nascente de Olhão vai beneficiar alguém, que muito provavelmente deixará de gastar dinheiro em infraestruturas para ser o erário publico a fazê-lo.
Mas aquilo que nos trás hoje, é a inauguração da nova ETAR, que servirá os concelhos de Faro/Olhão/S. Braz de Alportel, e a presença de um traste de todo o tamanho e que já devia ter sido demitido, o ministro do mau ambiente.
O tratamento "inovador" já vem praticado na ETAR de Frielas, na área metropolitana de Lisboa e os resultados analíticos não são aquilo que os nossos políticos têm anunciado. O que se esconde por detrás desta modernice é, basicamente, a redução da área necessária e a redução dos custos operacionais. É natural que nos primeiros tempos, a nova ETAR apresente resultados analíticos mais de acordo com o meio receptor.
Mas pergunta-se porque carga de agua, se o presidente, há cinco anos atrás dizia que a ETAR estava bem, se gastam 21 milhões de euros? Será o presidente um novo caga-milhões?
A verdade é que com tanta modernice de ETAR, e não sendo os esgotos uma prioridade, as zonas de produção de bivalves nesta área da Ria Formosa, estão na sua maioria desclassificadas para classe C, o que impede a apanha dos ditos cujos.
Entretanto vemos a massa cinzenta dizer que na Ria Formosa está tudo bem, no que concerne à qualidade ecológica das aguas; o que faz mal são as casinhas nas ilhas. E nem as ervinhas infestantes que degradam os fundos tornando-os fangos, fazem mal, pelo contrário! Não servem de agasalho para o cavalo marinho, para espécies piscícolas de valor acrescentado desovarem e protegerem as crias dos predadores.
Sabem no entanto dizer que já foram detectados microplasticos em ostras, mexilhão e ameijoa, mas não explicam que consequências poderá isso ter para os animais, a não ser que pode entrar na cadeia alimentar. Noticias alarmistas. Os microplasticos não serão rejeitados pelos organismos? É evidente que a ingestão de plásticos de maior dimensão podem criar problemas aos animais, mas não dá para alarmar os consumidores de bivalves pela presença de microplasticos.
Tal insere-se em mais uma campanha que visa a repressão sobre quem vive e trabalha na Ria, procurando vencer pelo cansaço os mais teimosos e resistentes.
E se fossem todos à bardamerda?
Uma vergonha andaram todos a dizer que a ETAR poente de Olhão funcionava bem que era só o cheiro a caca mas afinal de contas foram gastar 22 milhões só pelo cheiro a caca, se até ambientadores gigantes colocaram para os turistas do Hotel da CMOlhão não cheirarem a merda
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