Numa reunião em que participámos, um investigador do CCMAR da UALG, quando confrontado com o facto de os pescadores desta zona da Ria Formosa dizerem que a presença de uma alga invasora e infestante se devia a uma experiência, logo se pronunciou afirmando tratar-se um boato.
Nós que já estamos habituados a que, quando as coisas correm mal, toda a gente sacudir a agua do capote e perante as afirmações produzidas quisemos saber mais.
O CCMAR entre dois mil e sete e dois mil e dez, como se pode ver em https://www.rtp.pt/noticias/pais/projecto-life-biomares-vai-recuperar-pradarias-marinhas-da-arrabida_n48130.
Em 2010, a Ria Formosa sofreu uma devastação muito grande com galgamentos oceânicos em Cacela e Fuzeta, onde desapareceu parte substancial das pradarias marinhas.
Em 2011 é assinado um protocolo entre a Sociedade Polis e o CCMAR para o desenvolvimento do projecto ADOPTE, uma pradaria marinha como se pode ver em http://www.polislitoralriaformosa.pt/noticia.php?id=79. No mesmo mês, curiosamente o CCMAR descobre uma alga que não era vista há mais de cinquenta anos, a caulerpa prolifera, como se dá conta em https://www.publico.pt/2011/05/03/ciencia/noticia/encontrada-na-ria-formosa-alga-que-nao-era-vista-ha-mais-de-50-anos-1492466; mas eram apenas quatro metros quadrados!
Em 2017, o CCMAR volta à Ria Formosa para tirar mais ceba para a transplantar no Portinho da Arriba, como se pode ver em https://www.tsf.pt/sociedade/interior/pradarias-marinhas-do-portinho-da-arrabida-estao-a-ser-replantadas-8496899.html.
A ceba forma uma floresta de ervas marinhas que servem para espécies piscícolas desovarem e protegerem as suas crias dos predadores, mas também como habitat do cavalo marinho que tem uma cauda preênsil para se agarrarem às plantas.
Há anos que os pescadores e mariscadores vêm denunciando o desaparecimento da ceba, atribuindo-se as causas à poluição, às ancoras e correntes dos barcos que fundeiam em zonas de pradarias marinhas, a que estará associado o desaparecimento de espécies piscícolas e do cavalo marinho como aliás se diz em relação ao Portinho da Arrábida em https://expresso.sapo.pt/dossies/dossiest_actualidade/dos_futuro_sustentavel_2010/as-novas-pradarias-no-fundo-do-mar=f577042#gs.eZqtG7Y.
Na sessão em que participámos, já as ancoras e as correntes não faziam assim tanto mal, podendo até ser benéficas, já que ao arrancarem as plantas do fundo, elas se iriam fixar noutro local.
Acontece que a nova erva marinha não serve de protecção a espécie alguma nas quais se inclui o cavalo marinho, segundo nos dizem mergulhadores e pescadores.
Na Ria Formosa encontrava-se a maior colónia de cavalos marinhos do mundo com cerca de dois milhões de exemplares, como se pode ler em https://nationalgeographic.sapo.pt/natureza/grandes-reportagens/1235-a-maior-comunidade-de-cavalos-marinhos-do-mundo-vive-na-ria-formosa?start=1; seis anos depois da descoberta estimava-se um redução de 85%. Atribuía-se então a quebra da colónia a perda de habitat.
Com o mudar dos tempos, muda-se também o discurso; o cavalo marinho desaparece pela pesca ilegal com arrasto de vara, como se pode ver em https://expresso.sapo.pt/sociedade/2018-11-01-Aqui-so-resta-um-cavalo-marinho#gs.B0bDLPo.
Perguntamos nós o que faz correr o risco de extinção do cavalo marinho: a ausência de habitat ou a , a condenável pesca ilegal? Que o CCMAR tem vindo a atacar as pradarias marinhas, habitat do cavalo marinho, para as transplantar no Portinho da Arrábida, é um facto! Que a tal pesca ilegal com arrasto de vara poderia acabar com a expansão da alga invasora e infestante, é um facto! Que o CCMAR protege a caulerpa prolifera é um facto!
Não significa isto que quando os pescadores dizem que foram investigadores a plantar a caulerpa prolifera seja verdade, mas que o trabalho do CCMAR, na Ria Formosa, nestes termos, em nada contribui para o desenvolvimento económico e social das populações, não contribui! Apenas serve para aumentar a repressão sobre quem trabalha e vive na Ria, porque quanto aos benefícios não se vislumbra um só que seja.
Nós queremos a ceba de volta! Não a tirem!
Em 2017, o CCMAR volta à Ria Formosa para tirar mais ceba para a transplantar no Portinho da Arriba, como se pode ver em https://www.tsf.pt/sociedade/interior/pradarias-marinhas-do-portinho-da-arrabida-estao-a-ser-replantadas-8496899.html.
A ceba forma uma floresta de ervas marinhas que servem para espécies piscícolas desovarem e protegerem as suas crias dos predadores, mas também como habitat do cavalo marinho que tem uma cauda preênsil para se agarrarem às plantas.
Há anos que os pescadores e mariscadores vêm denunciando o desaparecimento da ceba, atribuindo-se as causas à poluição, às ancoras e correntes dos barcos que fundeiam em zonas de pradarias marinhas, a que estará associado o desaparecimento de espécies piscícolas e do cavalo marinho como aliás se diz em relação ao Portinho da Arrábida em https://expresso.sapo.pt/dossies/dossiest_actualidade/dos_futuro_sustentavel_2010/as-novas-pradarias-no-fundo-do-mar=f577042#gs.eZqtG7Y.
Na sessão em que participámos, já as ancoras e as correntes não faziam assim tanto mal, podendo até ser benéficas, já que ao arrancarem as plantas do fundo, elas se iriam fixar noutro local.
Acontece que a nova erva marinha não serve de protecção a espécie alguma nas quais se inclui o cavalo marinho, segundo nos dizem mergulhadores e pescadores.
Na Ria Formosa encontrava-se a maior colónia de cavalos marinhos do mundo com cerca de dois milhões de exemplares, como se pode ler em https://nationalgeographic.sapo.pt/natureza/grandes-reportagens/1235-a-maior-comunidade-de-cavalos-marinhos-do-mundo-vive-na-ria-formosa?start=1; seis anos depois da descoberta estimava-se um redução de 85%. Atribuía-se então a quebra da colónia a perda de habitat.
Com o mudar dos tempos, muda-se também o discurso; o cavalo marinho desaparece pela pesca ilegal com arrasto de vara, como se pode ver em https://expresso.sapo.pt/sociedade/2018-11-01-Aqui-so-resta-um-cavalo-marinho#gs.B0bDLPo.
Perguntamos nós o que faz correr o risco de extinção do cavalo marinho: a ausência de habitat ou a , a condenável pesca ilegal? Que o CCMAR tem vindo a atacar as pradarias marinhas, habitat do cavalo marinho, para as transplantar no Portinho da Arrábida, é um facto! Que a tal pesca ilegal com arrasto de vara poderia acabar com a expansão da alga invasora e infestante, é um facto! Que o CCMAR protege a caulerpa prolifera é um facto!
Não significa isto que quando os pescadores dizem que foram investigadores a plantar a caulerpa prolifera seja verdade, mas que o trabalho do CCMAR, na Ria Formosa, nestes termos, em nada contribui para o desenvolvimento económico e social das populações, não contribui! Apenas serve para aumentar a repressão sobre quem trabalha e vive na Ria, porque quanto aos benefícios não se vislumbra um só que seja.
Nós queremos a ceba de volta! Não a tirem!
Não consigo perceber oq ue tem a ceba a ver com a suposta "alga invasora", que pelo que escreve no artigo, até costumava estar na Ria...
ResponderEliminarjá há cientistas a dizer que a maior parte dos micro plásticos ingeridos pelos mexilhões são eliminados por esses
ResponderEliminarQue texto tão desinformado e perigoso. Escrito com o intuito de fazer ver o seu ponto de vista manipulando a informação. A isto se chama de-informação e tentativa de condicionar a opinião dos outros. Não sei quais as reais intenções deste post, mas é triste de se ler... meias verdades tendenciosas. Parece que estou a ler o correio da manhã ou a ver a cmtv.
ResponderEliminarMeu caro comentador de 16/03 pelas 00:07
ResponderEliminar...meias verdades tendenciosas, o que quer dizer dizer que há, no minimo, um conteúdo de verdade no que é dito. Obviamente que não aceitamos a opinião que tem sido veiculada pelos responsaveis do CCMar no que concerne a muitos aspectos da vida na Ria Formosa. O CCMar tem muitas responsabilidades do que de mau se tem passado na Ria; para nós, a ciência deve estar ao serviço das populações e o que temos assistido por parte do CCMar serve apenas para, restringir, proibir e nunca para o desenvolvimento da pesca sustentavel, assunto sobre o qual ninguem ousa ir para o terreno falar com as comunidades piscatórias e explicar como podem ter melhores rendimentos com menos impactos no estado dos stoques. Quanto ao CM e à sua televisão, agradecemos a comparação mas ainsa estamos muito longe de atingir a sua dimensão. Mas registamos que é leitor daquele tipo de comunicação; nós não o fazemos! Passe bem e tome um kompensan, talvez lhe tire o azedume