A Ria Formosa tem sido um autêntico santuário de biodiversidade, até que as entidades publicas decidiram acabar com as espécies e o modo de vida das populações nativas para em seu lugar introduzir o elemento estranho.
O principal problema da Ria Formosa é sem sobra de duvidas a poluição que tem origem nos esgotos directos e sem tratamento e ainda nas descargas das ETAR que não oferecem garantias de qualidade do efluente tratado.
Ver foto da saída da ETAR Poente de OLhão situada em Belamandil.
Ver foto da saída da ETAR Poente de OLhão situada em Belamandil.
Tem sido com alguma preocupação que temos acompanhado os resultados analíticos que o IPMA vai debitando (até quando?) com especial incidência na maior zona de produção de bivalves, Olhão 3.
Depois de terem apontado as baterias para o Ilhote Negro atribuindo-lhe os piores resultados, como se viu no mês de Março, com uma analise efectuada a 20/3 e que atribuía 92.000 ecoli e uma outra, no mesmo mês, mas a 29, cujo resultado atribuía apenas 290 ecoli. Talvez pela amplitude dos resultados, o IPMA tivesse decidido dividir Olhão 3 em varias sub zonas.
Assim no mês de Abril, o tal malfadado Ilhote Negro apresentou a 3/4, 2300 ecoli enquanto a 16/4 já estava nos 490; verifica-se que afinal é no Costado Joana Antónia que surge o maior volume de ecoli, batendo todos os recordes; assim a 3/4 apresentava 160.000, a 9/4, 35000 e a 16/4, 780 ecoli.
Para quem não sabe, o Costado Joana Antónia fica mesmo em frente do Porto de Pesca, sofrendo a influência das descargas da ETAR Nascente e dos esgotos directos no topo Norte do Porto de Pesca.
Não significa isto que o resto das analises relativas à zona Olhão 3, estejam boas mas os seus resultados, na maioria dos casos, permitiriam a reclassificação em Classe A.
Curiosamente, o presidente da Câmara Municipal de Olhão está calado, porque sabe que são os esgotos directos os principais responsáveis do momento pelos elevados níveis de poluição, poluição que destrói habitats e com eles, as espécies,como é o caso do esgoto do T que descarrega diariamente esgotos tóxicos não tratados directamente para a Zona de Produção de Bivalves Olhão 3 neste momento classificado pela DGRM desde 1 de Março como Zona D onde é proibido apanhar amêijoas ostras berbigões e langueirões.
Lamentamos que certa massa cinzenta, e não estou a falar de cimento, que de vez em quando puxa dos galões para botar faladura, não se preocupem em denunciar os crimes ambientais que se passam na Ria Formosa.
Não deixamos de lembrar que desde 2005 que foi aprovada a Lei Quadro da Agua e que supostamente obrigava a que todas as massas de agua tivessem o mínimo de qualidade tendo em conta o fim a que se destinam. Infelizmente o Poder Político é tão merdoso quanto a merda que sai pelos canos de esgoto.
Quem nos livra desta poluição?
Só uma investigação a partir de Bruxelas,sede da U.E., criando incomodo à mafia tuga poderá resultar em algo de melhor.
ResponderEliminarSerá que os artistas que dizem ter criado santuários marinhos na Ria Formosa,
ResponderEliminarpara os cavalos marinhos são sérios e sabem o que fazem?
Como sempre só ha dinheiro para os interesses dos amigos e familía..
ResponderEliminarBons almoços e bons subsidios da união europeia sempre para os mesmos..
Se puder o autor do texto que localize os sítios das descargas no Google earth e envie para SOS Ambiente, linha da GNR, eles saberão o que fazer... Faça com a máxima urgência.
ResponderEliminarNum amontoado de palermas quem tem dois dedos de testa põe e dispõe da panela.
ResponderEliminarAo comentador do dia 24, pelas 11:25
ResponderEliminarMeu caro, já chamei por variadas vezes o SEPNA, a brigada do ambiente da GNR, em vão. Deslocados ao local, e de verificar as descargas, dizem não ter meios para verificar a origem
dos mesmos.
Já apresentei queixa no Ministerio Publico que endossou para a PJ que tambem não tem meios.
Já denunciei junto da APA e dizem ter origem em ligações clandestinas, afinando o disco pela musica da autarquia
Já denunciei junto da Comissão Europeia mas deixaram arrastar o processo até que a Directiva sobre aguas conquicolas deixasse de vigorar.
Mas não será por isso que vou deixar de lutar!
Ligações clandestinas se existem, fácil acreditar que sim, não tiram responsabilidades às entidades tutelares. Pelo modus operandis outras ligações clandestinas muito mais perigosas deveriam ser procuradas, com lupa as que indiciam ligação à MAFIA.
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