Está na moda a violação sistemática do Código dos Contratos Públicos por parte das entidades publicas, com especial incidência nas autarquias, que usam e abusam perante a passividade da generalidade da população, pouco familiarizada com estas questões.
A Câmara Municipal de Olhão é um exemplo. ou espelho do que se passa no País, embora nalguns lugares gente pouco recomendável tivesse sido constituída arguida. Com o tempo, a Justiça chegará a Olhão!
No contrato que reportamos na imagem acima, mais uma agudia que é apanhada na teia, ou o presidente da câmara não fosse um traste que se julga impune, até cair do pedestal.
Afinal que há de errado neste contrato?
Com a alteração introduzida em 2018 no CCP, traçou-se como objectivo, o recurso ao procedimento por consulta prévia, o qual obrigava ao mínimo de três entidades. Ora o que se constata no presente contrato, são apenas duas entidades quando há muitas mais no concelho a quem nunca foi dada a oportunidade de fazerem um trabalho para a autarquia.
Como se isso não chegasse, uma das entidades chamada a colaborar nesta farsa, é a IMOART, uma empresa especializada em tectos falsos, embora pudesse fazer cortinados, mas não em tecido. Então porque se convida esta entidade quando o que está em causa é o fornecimento de materiais têxteis para a biblioteca municipal, auditório e edifício sede do município? Está bom de ver que o convite feito à IMOART serve apenas para dizer que foi convidada outra entidade para alem da Gacélia, a entidade previamente escolhida pela câmara. Ou seja, já estava definido quem iria ser contratado!
Pelo valor apresentado, bem podia ter sido feito um ajuste directo mas havia a necessidade de dar um ar de transparência a uma autarquia que pauta a sua actividade contratual pela escuridão!
Mais, o presente contrato apresenta ainda outra faceta, uma esquema pelo qual se retiram despesas a uma empresa municipal, deixando-a ficar com as receitas, e já não é a primeira vez que o fazem. Isso acontece porque a saúde financeira da empresa não é a melhor e então há a necessidade de apresentar resultados que não induzam ao encerramento da empresa, tal como aconteceu recentemente com a SGU de Vila Real de santo António.
Isto porque o Auditório está entregue à FESNIMA, e como tal deveria ser essa a entidade a adquirir os têxteis de que necessita e não a câmara. A promiscuidade gerada pelo exercício da presidência da Câmara e ao mesmo tempo das empresas municipais, uma ditadura unipessoal com o aval do primeiro Costa.
Claro que não há corrupção ou os crimes que lhe estão associados! Tudo limpinho!
Uma rede! Uma agudia só dá para um passarinho.
ResponderEliminarUma mão no bolso e outra na caneta!
ResponderEliminarUm contrato aqui, um contrato ali! Um contrato aqui, um contrato ali!
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