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domingo, 21 de julho de 2019

OLHÃO. CASA TURISTICA AO PREÇO DA DE HABITAÇÃO!

Da proposta que a câmara municipal de Olhão levou à Assembleia Municipal constava também que as autorizações de utilização de casas de habitação pagassem por metro quadrado de área de construção 0,50, enquanto que para os apartamentos turísticos, com alto valor, a taxa fosse igual à da habitação, como se pode ver na imagem acima.
Nada que espante porque a aposta do Pina é exactamente no turismo, criando condições para que alguns patos bravos, de Braga ou de outro lugar qualquer, tenham o maior retorno possível. Isto é, encher os bolsos a alguém.
E nem sequer terá direito a uma caixa de robalos ou de (al)cavalas!
Apartamentos turísticos serão os que se preparam no Largo da Feira, onde a câmara VENDEU o terreno a um preço mais baixo do que aquele que quer cobrar pela concessão de um no cemitério.
É verdade que a proposta foi retirada mas não se infira daí que o problema está resolvido, porque o que se passou foi na realidade um golpe de teatro, encenado pelo Pina. Ele não só é presidente da câmara como também preside à concelhia socialista, que costuma reunir nas vésperas das assembleias para alinhavar posições e definir o sentido de voto da bancada socialista. Sendo assim, ou a proposta não foi discutida nessa reunião, o que é estranho ou foi, e estamos em crer que sim, e os deputados municipais socialistas já levavam uma proposta de alteração para permitir a sua retirada.
Ninguém vai acreditar que se a proposta tivesse sido discutida e aprovada em reunião socialista, os deputados municipais se insurgiriam contra o seu presidente, ou seriam todos baldeados. Deve ser referido que junto com a proposta, a autarquia mandou o estudo com o qual justificava as medidas e das duas uma, ou o estudo estava mal feito ou servia apenas para dar ao Pina margem de manobra para agravar os tarifários.
Tratou-se pois de fazer uma encenação para medir o pulso à oposição na assembleia, ver como reagiriam e se fosse caso disso, como aconteceu, recuar e propor a criação de uma comissão para apresentar uma proposta consensual, ou seja, comprometer as forças da oposição com o projecto socialista.
Também não foi por acaso que os documentos não foram publicados, já que a matéria neles contida era susceptivel de criar algum descontentamento popular. 
Quanto às taxas de ocupação dos espaços públicos ficará para uma próxima oportunidade. Mas que os nossos leitores devem meditar no assunto, lá isso devem!

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