1 - O Ministério Publico pede a dissolução do Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas, com base nalgumas possíveis irregularidades, tão sanáveis quanto tantas outras da administração do Estado!
Porque só agora reage o MP? A atitude do MP, depois das peripécias em torno da greve dos Motoristas é muito estranha, mal se distinguindo de um possível encomenda da parte do Governo ou da ANTRAM.
Mas não só, é que a CGTP, qual bando de bufos, resolveu levantar a questão denunciando as putativas irregularidades, mas não se preocupa em questionar se o comportamento do porta voz da ANTRAM é ou não reprovável.
Vertendo lágrimas de crocodilo, a CGTP na sequência da greve dos Motoristas de Matérias Perigosas, veio pronunciar-se pelo ataque feito à Lei da greve, quando eles já depois de declarados os serviços "mínimos" e a requisição civil preventiva, sentaram-se à mesa dos patrões furando a greve.
Se a CGTP está tão preocupada com os ataques à Lei da greve, porque não tomou nunca qualquer iniciativa contra os direitos laborais, para alem das costumeiras romarias destituídas de eficácia?
Na actualidade, o que está em causa com os tiques direitistas do governo, é muito mais grave que o ataque aos direitos laborais, porque deste dependem as condições de vida das pessoas.
Não podemos esquecer que a partir do próximo mês, com base na Lei Cristas, os senhorios podem começar a mandar as cartinhas aos inquilinos, exigindo rendas muito acima daquilo que os trabalhadores e reformados podem suportar. Prepara-se o despejo colectivo de dezenas de milhares de pessoas, perante o silêncio dos partidos e de associações que se dizem defender as condições de vida das pessoas, como os sindicatos. Ou os sindicatos dissociam os direitos laborais das condições de vida? Quem pode viver neste País com os salários de miséria que são pagos?
O que fez a geringonça durante estes quatro anos que não reverteu a Lei?
Neste contexto, justifica-se plenamente um greve geral nacional por tempo indeterminado até que sejam repostas as condições de vida dos trabalhadores e reformados.
Andarem preocupados com os dirigentes sindicais de outras cores que não controlam, por mais desagradáveis que sejam em lugar de preocuparem com o futuro a curto prazo.
A Lei da Greve, o Código do Trabalho e a reposição dos diretos laborais sonegados aos trabalhadores para que estes tenham uma vida com dignidade, deve ser bandeira de todos e não apenas da parte. Deixem-se de protagonismos e lutem!
Tudo farinha do mesmo saco de refinada pulhice. Uns fazem leis que outros contestam para depois no poder as porem em prática.
ResponderEliminarMas não estava mais que visto que este pardal, não era um pardal mas sim um pardalão? Mas desde quando é que um advogado pode ser Vice-Presidente de um Sindicato? Então porque carga de água um qualquer trabalhador, de outro qualquer ramo de actividade, não pode Bastonário da Ordem dos Advogados? Será que se prestam a defender este tipo de sacanas que se servem dos trabalhadores para obterem objectivo políticos? Este teve um bom professor o Marinho Pinto, que diz que 4.800 euros de salários não dá para nada.
ResponderEliminarEsse artigo é um disparate. O sindicato da CGTP estava em negociações bem antes de haver anúncio de greve. Mais: o primeiro CCT do setor acontece no ano anterior, depois de 20 anos sem conseguir alcançar um acordo. E ainda: tanto os sindicatos da CGTP e da UGT, de que ninguém fala, porque se remeteu ao silêncio e preferiu não negociar porque achava não ter representatividade para isso. Nenhum destes sindicatos conseguiu sindicalizar ou mobilizar estes motoristas porque são sindicatos verticais, representam todo o sector e não só as matérias perigosas. Que depois de haver um acordo, os motoristas de matérias perigosas tenham achado por bem movimentarem-se, levando a bordo um advogado ambicioso e populista é uma realidade para nos fazer pensar. Posto isto, temos uma greve de tempo indeterminado, sem plano B e a culpa é da CGTP? Ora, tenham juízo.
ResponderEliminarMeu caro comentador Mario Rui Melo
ResponderEliminarO sentido do post não é aquele que vem contestar. A questão é que foi a CGTP a denunciar junto da DGE, o SNMMP e esta entidade acabou por mandar para o MP. Isto configura um acto de bufaria, goste-se ou não!
Quando à questão da verticalidade dos sindicatos, nada impedia que carreiras com as características das dos MMP fosse salvaguardado e por isso mesmo é que eles acabaram por se distanciar da FECTRANS.
Quanto ao Pardal de que ninguém gosta, nem eu, não vejo qualquer razão para que não possa representar um sindicato, porque então os sindicatos afectos à CGTP teriam de ser todos acompanhados por advogados próximos do PCP, o que seria absurdo.
Devemos lembrar que até nos partidos de direita existem trabalhadores, com fraca consciência de classe, é certo, mas que não deixam de ser trabalhadores e também devem ser defendidos. Não será por militarem debaixo de bandeira errada que deixam de merecer o apoio quando as suas lutas forem justas, sendo que a justeza da luta está dependente da natureza das reivindicações.
O que se diz é que a CGTP, porque o sindicato lhe escapa ao controlo, entrou numa acção de bufaria. Isso é um facto que pode ser constatado nas declarações visíveis na noticia do link.