Um conjunto de deputados ditos socialistas no parlamento nacional, avançaram com um comunicado dizendo que questionaram o ministro faltoso, sobre a nova concessão do viveiro para a Bivalvia, como se pode ler em https://regiao-sul.pt/2019/12/04/politica-eleicoes/deputados-do-ps-questionam-governo-sobre-instalacao-de-aquicultura-na-ria-formosa-contestada-por-mariscadores/482920?fbclid=IwAR1zracP80C3uMz6N5ZPRhMJvwFzTMX6BtDnarpXHlMsDueH8rUKcVPu5HA .
Nós já andamos nisto há demasiados anos para percebermos que se trata de uma manobra de demagogia e hipocrisia políticas, ou não fossem os ditos deputados da mesma cor que o governo do ministro, o mesmo que tem a tutela da DGRM. A tomada de posição dos falsos socialistas surge no contexto da contestação que se gerou em torno da concessão e não porque sentissem que o que estava em causa era um crime ambiental, já que equivale a dizer que instalar um viveiro de ostras num banco natural de ameijoas, não é mais do que condenar ao desaparecimento daquela espécie.
Então porque razão, tão tardiamente tomaram tal posição? Ou será que alguém com interesses no local lhes soprou aos ouvidos? A verdade é que com a dimensão da concessão, ela fará fronteira com um dos viveiros do presidente da câmara municipal de Olhão que a encara com apreensão, já que a quantidade de oxigénio e alimento que as ostras consomem podem provocar o desequilíbrio do ecossistema. Ao Pina assiste-lhe esse direito mas também devia lembrar-se que a Ria Formosa é um Parque Natural onde as espécies exóticas, como as suas ostrinhas, não deviam entrar. E que o conjunto de concessões que já detém também têm uma dimensão apreciável.
Por outro lado, o comunicado dos deputados ditos socialistas, como já vem sendo habitual, é uma manobra divisionista ao defender apenas os produtores/mariscadores da Culatra omitindo todos os outros que vivem e labutam na Ria Formosa. Não pode um governante reinar para satisfação de partes. As medidas devem ser abrangentes.
A atitude dos deputados ditos socialistas visa fins eleitorais, conquistando a simpatia das gentes da Culatra, mas esquecem que estes também vão perceber a manobra. Os moradores da Culatra ao longo da sua existência têm conseguido muitas vitorias porque são um Povo unido, falando a uma só voz e delegando a sua representatividade em quem os defenda. Não se deixam ir em cantigas hipócritas e demagógicas.
A Ria Formosa é de todos os que nela trabalham, e neste momento são muitos os que são prejudicados pelo Estado, o causador da poluição que proíbe zonas de produção, onde foram enterrados centenas de milhares de euros, mas sobre isso os deputados não têm uma única palavra.
E se fossem todos à bardamerda?
O srº José Apolinário Nunes Portada resolve esse problema,é tudo uma questão de tempo.
ResponderEliminarNinguém pode duvidar porque uma maioria votou no partido que governa este país.
Este diálogo deve-se a Eça de Queiroz. Sobre o Portugal de então:
ResponderEliminarO povo paga e reza.
Paga para ter ministros que não governam,
Deputados que não legislam (…) e padres que rezam contra ele. (…)
Pagam tudo, pagam para tudo. E como recompensa dão-lhe uma farsa.
Estávamos, em 1872.
«Desta vez, conseguimos ter conhecimento deste plano e ainda temos tempo para reagir. Quem sabe que outras intenções empresariais estão a ser arquitectadas para a Ria Formosa», desabafa a presidente da direção da AMIC.
ResponderEliminarOra aqui está o problema já resolvido como vão ter tempo para reagir o governo socialista vai voltar atrás.
Parabéns!