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quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

ALGARVE: PORTA ABERTA PARA O AUMENTO DA TARIFA DE RESIDUOS

Há dois dias atrás, o presidente da AMAL e da câmara municipal de Olhão, veio trazer a publico uma noticia onde nos dá conta dos prejuízos da ALGAR, uma empresa que era de capitais exclusivamente públicos e que os liberais do governo Costa fizeram questão de privatizar a maior parte do capital social.
A publicidade que Pina antes fazia em nome da autarquia, passou agora a fazer em nome da AMAL, como forma de se manter na crista, já que as noticias sobre Olhão, normalmente tinham resposta, o que desgostava o presidente.
Mas voltando ao assunto, o anuncio dos prejuízos da ALGAR é o mesmo que estar a dizer que a solução passa pelo aumento do tarifário dos resíduos, já que as câmaras algarvias vão ter de cobrir o prejuízo.
Não temos conhecimento do processo de passagem da maior parte do capital social, aquele que não era detido pelas autarquias, para as mãos de privados, mas como já estamos habituados à celebração de contratos leoninos, em que o comprador, quer a empresa tenha lucros ou prejuízos, terá sempre de receber o dele, não nos espantaria que estivéssemos perante mais uma cena macabra,
Pina, falando em nome das autarquias, apresenta-se no papel de acionista mas também de cliente, mas não refere que os pagantes são os munícipes que não os municípios, até porque aquilo que a autarquia paga à empresa é bastante menos do que cobra ao cidadão.
Por outro lado, o aterro da ALGAR está, há dois anos, ilegal, contaminando os aquíferos. E Está ilegal porque foi acrescentado sem ter procedido à Avaliação de Impacto Ambiental como estava obrigado pela Lei. 
Claro que nestas coisas, a Lei não é para ser cumprida. Aplica-se uma pequena multa quando se trata de gente poderosa enquanto ao pequeno se leva o couro e cabelo.
Só eles sabem das contas da empresa, embora a Entidade Reguladora de Saneamento, Aguas e Resíduos venha dizer que as contas estão mal feitas.
Certo é que de uma forma ou de outra, os munícipes de todo o Algarve vão ser chamados nos próximos tempos a pagar mais pelo tratamento inadequado dos resíduos, como de costume.
Os resíduos, que para o cidadão comum, não passa de lixo, é afinal matéria prima. A matéria orgânica pode ser transformada em fertilizante orgânico natural, uma alternativa aos agro-.químicos; o cartão e o vidro são transformáveis e uma boa parte do plástico também. Quanto recebe a ALGAR por esse material? Ninguém sabe!
Sabe-se apenas, pela peça escrita que fazem dois milhões de quilómetros por ano e coitados gastam muito dinheiro em gasóleo; provavelmente ainda vão propor que o cidadão, para alem da separação do lixo, ainda o vá levar para a Cortelha.
Para onde nos estão a levar estes políticos de merda?

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