Parece que em Olhão, a maioria da população vive bem não necessitando de medidas de impacto social, enquanto aqueles que mais rendimentos têm são afinal os mais atingidos pela crise. Pelo menos na forma como a presidência autárquica encara a situação.
É verdade que o presidente da Câmara Municipal de Olhão se exilou na presidência da AMAL, a parir de onde faz a sua campanha. Aonde quererá chegar? Com uma ambição desmedida, quer voos mais altos e largos!
Entretanto, ao invés dos seus parceiros na AMAL. não anuncia qualquer medida que minimize o impacto da crise para as pessoas com menores rendimentos. Nos outros municípios algarvios, uns anunciam a suspensão da facturação da agua, do estacionamento, outros vão longe sugerindo a suspensão temporária das taxas. Outros, propõem-se a alocar as verbas que gastariam com eventos para ajudar as pessoas mais carenciadas.
Em Olhão, a única coisa que detectamos é o envio atempado da factura da agua, não vão os olhanenses gastar o dinheiro e depois dizer que não têm como pagar.
Os milhares de euros poupados pela empresa municipal com a anulação da feira do ambiente e do bébé não são utilizados para ajudar quem mais precisa, nem mesmo os funcionários da Ambiolhão que andam na rua, a trabalhar sem mascaras, talvez por se considerar um gasto inútil.
Proceder à desinfecção das ruas não está nos planos da autarquia. É verdade que há falta de civismo por parte de algumas pessoas, que jogam as luvas para os passeios, mas até por isso se impunha a desinfecção, à semelhança do que faz noutras zonas, como se pode ver em https://sicnoticias.pt/especiais/coronavirus/2020-03-23-Municipios-usam-agua-com-cloro-para-desinfetar-as-ruas.
A única preocupação do homem é a de arrecadar cada vez mais dinheiro, dinheiro que lhe vai fazer falta no próximo ano para a campanha eleitoral.
É o que dá termos um presidente desertor!
ACâmara Municipal de Lisboa acaba de comunicar que suspende as rendas municipais até julho, abrangendo num total de cerca de 70.000 pessoas e que, após a crise, poderão pagar as dívidas em atraso durante 18 meses e sem juros. Devido à crise, as famílias poderão requerer nova avaliação da sua situação económica para efeitos de atualização das rendas. Entretanto, pergunto: E a Câmara Municipal de Olhão e o seu presidente estão a fzer o quê? Já pensaram em seguir, pelo menos esta medida que tem grande impacto social e isentar os olhanenses do pagamento das rendas municipais até esta crise estar ultrapassada? E o pagamento da água e da luz deveriam também seguir o mesmo caminho. Daqui a pouco as famílias não terão meios de subsistência e o presidente da Câmara de Olhão que medidas toma? Desertou em pleno combate? Poderá vir a ser julgado por traição!
ResponderEliminar