1 - Decorria a campanha eleitoral para as eleições Europeias quando o presidente da Ambiolhão, da Câmara Municipal de Olhão e agora também da AMAL, resolveu dar um aumento (e bem) aos assistentes operacionais da empresa municipal, dizendo no entanto que não estava obrigado a fazê-lo.
Aproveitou a deixa e fez eco disso no site da empresa municipal violando os princípios de neutralidade e imparcialidade que as entidades publicas, nas quais se incluem as empresas municipais.
Por tal facto foi denunciado junto da Comissão Nacional de Eleições que elaborou o texto acima, reconhecendo estar em risco os deveres de neutralidade e imparcialidade, uma forma simpática de branquear a actuação da Ambiolhão, ou seja do Pina.
Esta notificação surge num momento em que se comemora a conquista da Liberdade e da Democracia, como resultado do 25 de Abril e vem mostrar a forma como elas são encaradas pelo Poder politico.
No Parecer nº I - CNE/2020/68, ponto nº 30, diz-se que a "violação dos deveres de neutralidade e imparcialidade consubstancia o crime previsto e punível pelo artigo 129 da Lei 14/79, de 16 de Maio.
Então e sendo assim, porque não manda para o Ministério Publico?
A forma como o cidadão é tratado pelas instituições do Estado, apelidadas de independentes, não são mais que um meio para enganar o cidadão anonimo, violando elas próprias os deveres de neutralidade e imparcialidade, não dando seguimento às queixas apresentadas.
Por outras palavras, pode dizer-se que esta democracia está amordaçada pelo Estado. Tudo por eles nada contra eles!
2 - Para aqueles que viveram e experienciaram o que foi o regime anterior, com a policia politica a prender pessoas sem terem cometido qualquer outro delito que não o de pensar, e muitas vezes nem isso, sabem que naquele tempo, o regime tinha uma teia de informadores, os chamados bufos que apontavam o dedo àqueles que ousavam pensar de uma forma diferente.
As novas gerações não conheceram isso e como tal não valorizam tanto a liberdade e a democracia. Pensam eles que sempre foi assim, mas estão enganados.
Assim, e agora a propósito do Covid 19, é fácil vê-los a denunciar as pessoas mas são incapazes de denunciar os crimes dos titulares de cargos políticos ou de altos cargos públicos. Estão a pôr-se a jeito para integrarem serviços de informação do Estado, denunciando até as famílias. Não tenhamos duvidas que a pandemia veio trazer para a luz do dia uma nova vaga de bufos.
Se as pessoas se juntam em violação das regras de distanciamento, cabe ás policias fazerem o seu trabalho; se as pessoas não usam as mascaras que deviam não têm de ser denunciadas enquanto o Estado não assegurar o abastecimento do mercado e fornecer mesmo àqueles que não t~em dinheiro para as comprar.
Se querem denunciar, façam-no por exemplo quando a Câmara promove ajuntamentos para distribuir os sacos de comida, sem ter em conta o distanciamento e a utilização de luvas. Quem não tem dinheiro para comer, não tem dinheiro para comprar luvas!
Tal como no passado é preciso acabar com a bufaria. Chega de chibos!
Por outras palavras pode dizer-se que esta democracia está amordaçada pela mafia legitimada democraticamente. Em liberdade cada um escolhe o que quer.
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