No texto de ontem fazíamos referência à destruição do aparelho produtivo a mando da UE e em linha com as ideias neoliberais reinantes, e é nessa condição de subserviência a interesses alheios que não temos no nosso País a produção de coisas tão simples como as mascaras.
Pensando bem, as fraldas descartáveis para bebes ou adultos, substituem bem as celebres mascaras, protegendo do vírus a quem elas recorrer. Para alem de absorver as tais gotículas pelas quais se transmite o vírus, tem um isolamento de plástico que evita a contaminação por terceiros. Meditem!
Então e em Portugal não se produzem estas fraldas? Ou melhor, quem detém essa tecnologia não estaria habilitado a produzir em quantidades enormes as bem ditas mascaras?
Vejam até onde vai a capacidade desta empresa portuguesa clicando no link https://expresso.pt/iniciativaseprodutos/Projeto2020/2016-01-25-As-fraldas-made-in-Portugal-que-querem-conquistar-os-bebes-do-mundo-inteiro.
Claro que tal medida não se aplica apenas às mascaras, mas a todos os outros meios de protecção como as viseiras, luvas ou até os ventiladores, desde que o Estado tivesse manifestado interesse nisso.
A reconversão de algumas linhas de produção de empresas que trabalham com materiais semelhantes permitiria a sua produção, embora a preços mais altos que os praticados pela industria chinesa.
Aquilo que temos de passar a produzir não serão apenas os produtos que vêm da China, mas os que vêm de fora do nosso País e para os quais temos capacidade para produzir, e são muitos.
Só que a ganância de empresários que apenas veem o lucro, leva-os a procurar noutros países o mesmo tipo de produto por um preço mais baixo, conduzindo o produtor português para a falência.
Se olharmos para a UE e pensarmos nas desigualdades fiscais, de custos energéticos e no potencial económico para adquirir maquinaria para grandes produções, obviamente que não conseguiremos produzir. Nos dias que correm, os encargos com a mão de obra já não são os principais, assumindo essa posição os custos energéticos.
A teoria da autorregulação dos mercados só faria sentido se houvesse harmonização dos custos para que tivéssemos uma competitividade sã. Pela forma de funcionamento actual, a chamada competitividade destina-se a fazer baixar os salários, à custa dos quais, os patrões portugueses pretendem tornar-se competitivos.
E mesmo que assim fosse, jamais lograríamos ser competitivos com a China como com outros Países, dotados de equipamentos que não temos.
Portanto o problema situa-se entre a opção por uma economia de mercado ou uma economia planificada com vista à satisfação das necessidades do Povo, com a produção de alguns excedentes para as trocas comerciais, já que nunca conseguiríamos ser totalmente autossuficientes.
Faltam os meios de produção como no futuro vamos assistir a muitas outras carências, porque as politicas desenvolvidas nos últimos quarenta anos nunca revelaram qualquer preocupação com o bem estar do Povo português.
ACORDEM!
Acordar nem pensar, o sonho comanda a vida.
ResponderEliminarACORDEM e a república matou a monarquia porque nos últimos séculos as políticas desenvolvidas não revelaram qualquer preocupação com o povo; ACORDEM e o golpe do 28 de maio impôs uma ditadura porque nos anteriores anos as políticas desenvolvidas pela democracia não revelaram qualquer preocupação com o povo; ACORDEM e o golpe do 25 de abril impôs uma democracia porque nos anteriores quarenta anos as políticas desenvolvidas pela ditadura não revelaram qualquer preocupação com o povo; Quarenta anos depois outro ACORDEM porque as políticas desenvolvidas pela democracia não têm revelado qualquer preocupação com o povo; Para que se quebre a sequência de desgraça será boa proposta a transformação dos cretinos estúpidos em racionais inteligentes e só depois, ACORDEM.
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