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terça-feira, 2 de junho de 2020

OLHÃO: AUMENTA O NUMERO DE CASOS DE COVID 19

Nem a propósito, retirámos da pagina do Facebook do Município de Olhão o seguinte texto:
Dois novos casos Covid.
Quando o nosso Concelho caminhava para a recuperação total dos casos Covid confirmados, num total de 12, durante a semana passada, foi dado a conhecer a existência de um novo caso Covid.
Tratando-se de um caso expectável, de uma pessoa que coabitava com um caso confirmado, apenas aguardavamos o resultado dos testes. Esta situação não representa perigo comunitário, uma vez que estava em confinamento e cumprindo todas as medidas de segurança.
Quanto ao novo caso, confirmado hoje, contrariamente ao que tem sido o comportamento geral dos Olhanenses, e em desrespeito pelo sacrifício de todos, numa atitude egoista e irresponsável, resulta de um grupo de 5 jovens adultos, na casa dos 30 anos, que decidiu deslocar-se para fora da região, para participar numa festa de desconfinamento.
Na sequência dessa atitude inqualificável, todos os 5 se submeteram ao teste, tendo resultado positivo para um deles, aguardando-se o resultado dos restantes.
A situação, que está a ser acompanhada, merece a reflexão de todos para uma atitude, responsável, como até aqui, mas também de participação cívica, na promoção e responsabilização dos nossos pares, pelo cumprimento das medidas de desconfinamento.
Não queremos, nem podemos dar um passo atrás.
Vencer depende de todos nós!
O presidente da câmara municipal vem tratar um grupo de jovens olhanenses que se deslocaram a uma festa fora da região, tendo regressado infectados com o vírus Covid 19, de forma despudorada como se fossem irresponsáveis, egoístas. É a opinião dele!
Já vimos como funcionam as tomadas de posição face à pandemia por parte das entidades publicas em que em nome da economia sacrificam a saúde de todos, mas esses todos, ou parte, não têm a liberdade de fazer aquilo que a outros é permitido.
Ainda recentemente foi levantada a questão do transporte para as ilhas, com as empresas a cumprir com as orientações de dois terços da lotação, o que não permite manter o distanciamento devido ao mesmo tempo em que outras transportadoras publicas não são sujeitas a esse tipo de restrições, como as companhias de aviação. A diferença está apenas no estatuto empresarial e nos elevados interesses que se escondem por detrás deles!
Os jovens não podem participar numa festa mas as pessoas podem aglomerar-se nas praias, embora se diga que deviam ter mais cuidado mantendo o distanciamento. Porque foram para fora da região, mas o nosso presidente não diz agora que convida toda a gente de fora a vir passear-se na nossa região. Ou seja, os olhanenses não devem sair da região, mas os de fora da região podem e devem vir infectar os que cá estão.
Isto faz lembrar um episodio recente com o Bairro da Jamaica que levou a directora de saúde do sitio, acompanhada pela Policia para fechar os cafés, mas não foram capazes de fazer o mesmo com os armazéns da Sonae, onde o numero de infectados era muito maior do que os da Jamaica.
Muito outros casos semelhantes podiam ser apontados mas chegam estes para ilustrar a dualidade de critérios quando se trata de defender determinados sectores da actividade económica em detrimento da saúde das pessoas. 
Todos os dias somos confrontados com declarações contraditórias de técnicos de saúde, sobressaindo as que demonstram um grande desconhecimento sobre o vírus e que levam a decisões controversas de tal forma que aquilo que é valido para uns é invalido para outros.
Os turistas infectados ou não são bem vindos mas os olhanenses não podem ou não devem ser turistas porque podem vir infectados. Bonito! 

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