Ontem foi noticiado que a autarquia de Olhão iria investir 4,5 milhões de euros em habitação a custos controlados e muitos foram os que parabenizaram o presidente, como se essa não fosse uma obrigação dele. De acordo com a noticia, ver em https://www.sulinformacao.pt/2020/08/olhao-investe-45-milhoes-em-habitacao-a-custos-controlados/?fbclid=IwAR0RhKjell8fMzumot9gYFQ66PLmYOtwEEtqUN7GzJhnXj65gy6mW2p-cfE, no Verão de 2017, em vésperas da campanha eleitoral autárquica, o Pina fez editar um vídeo onde anunciava a intenção de comprar o terreno para fazer a construção.
Mas em 2018 adquiriu o terreno por 670 mil euros, como se pode ver em https://regiao-sul.pt/2018/05/10/sociedade/camara-de-olhao-adquire-terreno-para-construir-habitacao-a-custos-controlados/436473. Entretanto passaram mais dois anos e agora vem este anuncio. Mais vale tarde do que nunca, dirão alguns.
Acontece que a obra, de acordo com a noticia, só terá inicio em 2022, ou seja depois das eleições autárquicas do próximo ano!
Por outro lado, na construção a custos controlados e porque a autarquia é a promotora do loteamento, está isenta do pagamento de todas aquelas taxas municipais que agravam os custos de construção, algo que passa despercebido à maioria dos munícipes.
Feitas as contas, a construção de 54 fogos por 4,5 milhões, significa uma média de 83.333,00 euros por cada fogo. Em quanto ficaria cada fogo se tivessem que suportar as tais taxas municipais? A como sai o preço por metro quadrado de construção?
Não estará a autarquia a inflacionar os custos de construção? E se o faz, com que intenção? Se lembrarmos que no loteamento do Porto de Recreio, o preço por metro quadrado era de setecentos euros conforme as avaliações pedidas pela autarquia na altura, apesar de apontarem dificuldades acrescidas derivadas da localização, o que pensar agora?
Quando a autarquia vem anunciar uma obra para levar á prática depois das eleições que está a fazer senão campanha eleitoral?
É que ainda há dias atrás, era anunciada a intenção da compra das antigas instalações da ALICOOP para ali construir 80 fogos a custos controlados, o que pelo mesmo caminho serão para fazer no dia de sem nunca!
Eleitoralismo puro, porque o presidente sabe que a partir do momento da marcação da data das eleições não pode fazer mais publicidade institucional e nem anunciar obras futuras. Por isso vai jogando na antecipação, anunciando a intenção de fazer sem que, na realidade faça. É como os esgotos da Ilha da Armona que pôs a concurso por um valor tão baixo que o concurso ficou deserto. Quem pode acreditar?
Há sempre alguém que acredita, há sempre alguém que diz sim!
ResponderEliminar