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quinta-feira, 29 de outubro de 2020

OLHÃO: MERCADOS EM TEMPO DE PANDEMIA

Segundo foi noticiado, a empresa municipal Mercados de OLhão estebeleceu uma parceria com a AGIGARVE, como se pode ler em https://regiao-sul.pt/2020/10/27/sociedade/mercados-de-olhao-e-associacao-de-guias-interpretes-do-algarve-assinam-parceria/515413. Até aqui tudo bem, não fora dar-se o caso de estarmos em plena pandemia, com os numeros a subirem todos os dias, e as restrições impostas no acesso aos Mercados, cinquenta pessoas no maximo, vem pôr em causa a execução da parceria. Primeiro que tudo, muita gente dentro dos Mercados não é sintoma de mais negócio, pelo contrário pode ter um efeito negativo. É que os turistas tiram muitas fotografias, selfies como agora se diz, mas não compram nada. Só atrapalahm quem lá vai fazer compras e os operadores já estão, em muitos casos. com a corda no pescoço. Mas ainda assim, quando o acesso está limitado a cinquenta pessoas de cada vez, os habituais clientes, que já estão fartos de tantas restrições, quando virem os Mercados invadidos por turistas, não vão ficar à espera de vez para entrarem, com prejuizo para os operadores. Compreendemos o interesse da AGIGARVE e até lhe reconhecemos o mérito da iniciativa mas consideramos não ser o momento, o timing dizem eles, próprio para a execução de uma parceria deste tipo. Que a Associação o queira fazer percebe-se, mas já não se pode dizer o mesmo da administração da Mercados de Olhão. Que pretende afinal a administração da Mercados? Matar as actividades que são a essência da sua existência? Ou, como se diz no texto, antes apostar nas caracteristicas dos edificios para exibir aos turistas? Desde que o presidente da autarquia foi eleito em 2013, que não faz outra coisa que não seja apostar no sector turistico, em detrimento de todas as outras actividades, particularmente as que são tradicionais no concelho, como a pesca e moluscicultura, quanso estas podiam servir de atracção turistica, complementando o património arquitectónico, embora muito dele apresente sinais de degradação por demissão da entidade fiscalizadora. Os Marcados de Olhão valem pelos edificios mas também por toda a actividade económica que à sua volta se gera, ainda que na actualidade e devido á pandemia, os tempos não sejam os melhores. Se não forem criadas condições para que os operadores possam exercer a sua actividade, agravando-as como será caso os Mercados sejam invadidos por turistas-fotografos, dentro de pouco tempo não veremos uma tolda com peixe. É isso que se pretende? Acabar com os Mercados para vira-los para o turismo? Para onde vai a nossa cidade e as suas caracteristicas? Quais eucaliptos que secam tudo. Já o Zeca dizia que "Eles comem tudo e não deixam nada!" Até quando?

2 comentários:

  1. Um cagão há-de ser sempre um cagão até mesmo em tempos de pademia.
    Esse cagão devia era de ter vergonha na cara de deixar acabarem com os estacionamentos em redor dos Mercados de Olhão, em vez de querer trazer excursões da D. Cristina para visitarem as praças quando o Nº de entradas nos mercados são de 50são de 50 pessoas.

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  2. Precisamos tanto de pessoas que comprem nos mercados, como de turistas nas esplanadas e restaurantes. Os vendedores, turistas e locais precisam de, na zona à volta ou perto dos dois mercados, de espaços de estacionamento amplos. Cada vez há menos estacionamento e cada vez há mais esplanadas e passeios para turistas e gaivotas! Para o turismo há muito espaço e passeios/corredores na zona dos jardins, em frente ao hotel e curva junto aos blocos de apartamentos de luxo. As Praças de Olhão, um espaço famoso no Algarve e em Portugal pela sua utilidade pública e qualidade dos produtos, está a ser descaracterizado e a ser há muito gerido em função de duas vertentes distintas, onde uma (a dos cafés, bares e esplanadas) está a tirar espaço à outra (venda de bens essenciais e de produção local/regional como frutas, legumes, carne, peixe, etc), com prejuízo do objectivo primário. Os contribuintes pagam para que os senhores que têm poder tomem decisões e arranjem soluções - neste caso o estacionamento. A solução inerente a esta política parece-me que é tornar a Praça num local obsoleto e decorativo e tornar a Baixa num centro de negócio turístico e de especulação imobiliária onde muitas das pessoas que lucram com isso nem são de Olhão (vieram para cá instalar-se nos últimos anos com o patrocínio e comunhão dos interesses da pandilha local), o que por arrasto prejudica os olhanenses menos abonados e mesmo os da dita classe média, pois as casas e rendas em todo o concelho estão cada vez mais caras. Isto é cada vez mais o Olhão dos gulosos, vaidosos e parvalhões!

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