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segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Presidente da CMOlhão descarrega veneno nas águas da Ria Formosa...mas "protege" o cavalo-marinho

O Presidente da CMOlhão António Miguel Ventura Pina, surpreende-nos todos os dias, e  hoje  ao consultar a página oficial do Município de Olhão, deparo-me com a mensagem:

𝐅𝐢𝐥𝐦𝐞 𝐝𝐨 𝐌𝐮𝐧𝐢𝐜í𝐩𝐢𝐨 "𝐂𝐚𝐯𝐚𝐥𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐆𝐮𝐞𝐫𝐫𝐚" 𝐟𝐚𝐳 𝐟𝐮𝐫𝐨𝐫 𝐧𝐨 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐚𝐦𝐞𝐫𝐢𝐜𝐚𝐧𝐨
"Este reconhecimento internacional é motivo de orgulho e mais uma prova de que a Ria Formosa é um ex-libris do nosso património natural que precisa de ser protegido e preservado em prol da sustentabilidade da vida selvagem e de todas as comunidades que dele dependem”, considera o presidente do Município de Olhão,
António Miguel Pina.

 

Esta mensagem vem pela boca do maior poluidor do nosso concelho e do responsável pela não resolução dos seus problemas ambientais, nomeadamente  o esgoto do T em Olhão onde diariamente são descarregados esgotos domésticos não tratados na Ria Formosa em Olhão que é o habitat do famoso cavalo-marinho que ele tanto diz defender e preservar, bem como de muitas outras espécies de fauna e flora em perigo. Esse crime diário pode ser observado sempre que a maré está vazia e só prevalece com a conivência de TODAS as autoridades que dão cobertura a esses hediondo crime ambiental e sócio económico.

 Resultado de imagem para fotos dos esgotos em Olhão

A poluição microbiológica provocada por este esgoto, com a cobertura da CMOlhão, deu origem à desclassificação desde Março do ano de 2019  da Zona de Produção de Bivalves Olhão 3, zona que envolve toda a zona Ribeirinha de Olhão desde os Estaleiros da Pescrul até à Ribeira de Belamandil, uma zona com mais de 5000metros de extensão. Aí é completamente proibido às centenas de mariscadores e aos cerca de 160 pessoas que tem licença de exploração de viveiros de bivalves, apanhar amêijoas, ostras, berbigões, lingueirões e mexilhão por o consumo desses bivalves constituírem um perigo de saúde publica devido ao elevado grau de contaminação microbiológica como comprovado pelo IPMA.

Neste momento 160 pessoas, por ser proibido apanhar amêiojas ostras berbigões e langueirões, estão impedidas de governar a vida na exploração dos seus viveiros e centenas de pessoas legalizadas estão proibidas de mariscar em toda a frente ribeirinha de Olhão. Sobre isto o presidente da autarquia de Olhão não abre a boca, nem faz filmes da miséria do dia a dia que grassa nos lares dessas pessoas.

António Miguel Ventura Pina vai continuar impunemente, a cometer esses crimes diários que destroem a fauna e a flora dessa Zona de Protecção Especial da Ria Formosa e cabe-nos a nós exigir que estes crimes sejam resolvidos.

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