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quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

RIA FORMOSA: QUEM ACREDITA NISTO?

 Como habitualmente fomos dar uma vista de olhos ao comunicado do IPMA, datad de ontem dia 9,  onde faz o ponto da situação dos bivalves, o que pode ser visto em https://api.ipma.pt/public-data/snmb_bulletins/1612020-ci_snmb-09_12_2020.pdf. Quanto às zonas na area da Capitania de Olhão, os resultados estão na pagina 6.
Da observação dos resultados, mantêm-se em Classe C as quatro zonas de produção já assim classificadas pelo comunicado anterior.
Continuam por publicar os resultados relativos ao mês de Novembro, talvez por causa do Covid, que esse não sabe o que é teletrabalho.
Mas porque achamos estas coisas um bocado esquisitas, entendemos que deviamos aprofundar mais a questão das analises e das suas consequências. Assim fomos ver os resultados dos ultimos seis meses no que às biotoxinas diz respeito, até porque foi a falta de analises que levou à interdição da apanha de bivalves em toda a Ria Formosa, em Novembro de 2013.
É verdade que fizeram  diversas analises à ameijoa, ao mexilhão, ao berbigão e ao longueirão. Já quanto à ostra, quase que não as fizeram, pelo menos no que diz respeito às biotoxinas amnesicas e paralizantes, pelo menos nos mapas aparecem como NR (não realizadas). SE alguem tiver duvidas pode consultar o historial das analises em https://www.ipma.pt/pt/bivalves/biotox/index.jsp .
Há muito que questionavamos o facto de serem interditas pela presença de biotoxinas quase todas as especies menos a ostra. Pudera, se não há analises, não podem ser interditas. Será que isso acontece por acaso?
Não é de agora que dizemos que há controlo politico das instituições supostamente independentes e a falta de analises levam-nos a cimentar a nossa ideia, porque através deste mecanismo, as analises, apenas são penalizadas as especies que mantêm as pessoas na Ria, algo que é considerado indesejavel em termos turisticos.
Mas a ostra, tem no presidente da câmara, entre outros (poucos), grandes interesses a proteger, daí que não seja conveniente que surjam interdições da ostra. Mas se um dia houver problemas com a UE são os mais debeis, economicamente, que vão sentir na pele os inconvenientes de um grande desclassificação, até porque ela pode determinar a desclassificação para todas as especies. Com estas brincadeiras, estão a repetir a situação de 2013.
Na altura foi o berbigão. Quem diz que a ostra não vai trazer o mesmo problema? Cuidem-se! 

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