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sexta-feira, 26 de março de 2021

ALGARVE: AGUA AO PREÇO DO VINHO?

 António Pina, na qualidade de presidente da AMAL, em articulação com o incompetente ministro do ambiente, vieram defender que a agua na região vai ter um aumento do preço.
A decisão do aumento vem na sequência da utilização do Plano de Recuperação e Resiliência para dotar o Algarve de meios que assegurem o fornecimento daquele bem essencial e indispensavel à vida aos diversos sectores.
E porque se trata de vida, não podemos deixar de chamar a atenção para o facto de agricultura, o parente pobre como é encarado pelo poder politico, dar vida às plantas, precisando para isso do precioso liquido. Ou será que devemos transformar o Algarve num imenso deserto cheio de oasis turisticos?
Numa acção de campanha eleitoral partidária, o ministro do ambiente deslocou-se à região começando pela visita à barragem de Odeleite, e ao abrir a boca, deve ter-lhe entrado alguma mosca perante as aneiras que disse, como se pode ver em https://www.sulinformacao.pt/2021/03/fatura-aumenta-no-algarve-porque-agua-e-um-bem-economico-diz-ministro/   .
A primeira é a de transformar a agua num bem económico, para justificar o seu aumento da agua, ao dizer que Um sistema que é desequilibrado do ponto de vista economico e financeiro, é, necessariamente, desequilibrado do ponto de vista ambiental. Isto é: se não houver um preço justo para a agua, não há forma de poder garantir, no tempo, a qualidade desses sistemas.
No fundo o que desequilibrado ministro vem defender é o principio do utilizador/pagador aplicado a um bem essencial, com uma enorme carga social. O Pina não diria melhor porque vai de encontro ao que ele pratica na Ambiolhão. 
Este governo que se auto-intitula de socialista não deixa de ser curioso quando vem praticar um principio em que coloca pobres e ricos no mesmo patamar, sem ter em conta as reais dificuldades de quem menos rendimentos tem. Colocar um reformado ao nivel do antigo explorador, no que toca a pagar bens essenciais! Pode um partido ser socialista sem que os seus militantes o não sejam? Ou basta ter um cartão para fazer dele o socialista?
Mais caricato ainda, quando as obras são custeadas a 100% por fundos europeus, ou seja em que o financiamento não custa um chavo ao País.
Isto já faz lembrar a situação da A22,uma estrada que supostamente seria sem custos para o utilizador mas que na verdade é paga e bem paga.
E dizem eles que não há austeridade. Pudera, está camuflada!
Por este andar ainda vamos pagar a agua ao preço do vinho!

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