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segunda-feira, 1 de março de 2021

RIA FORMOSA: A CAULERPA E A BIODIVERSIDADE

 Não é novidade que o CCMAR defende a preservação da alga Caulerpa prolifera como elemento de combate à descarbonização e não estariamos contra caso a alga não estivesse a pôr em causa a biodiversidade na Ria Formosa.
Sob o titulo "Ria Formosa, uma fabrica a absorver 2600 toneladas de carbono por ano", e que pode ser lido em Especialistas querem pradarias marinhas e sapais reconhecidos no combate às alterações climáticas | Alterações climáticas | PÚBLICO (publico.pt), um dos responsaveis pelo CCMAR, provavelmente questionado pelo jornalista, pronuncia-se de forma ambigua sobre o problema da alga invasora.
A primeira abordagem deveria ir para as causas do declínio das pradarias da Ria Formosa como por exemplo o excesso de trafego maritimo ou o fundear em zona de pradarias. Mas sobre isso não se pronunciam os cientistas.
Ao longo do texto, e num quadro destacado, diz-se que a Caulerpa é uma praga na Ria por ter um comportamento invasivo e pela extensão que ocupa, existindo em toda a Ria mas que é em frente à Culatra que se concentra a maior mancha. "A propagação agressiva (desta alga) pode alterar a estrutura das comunidades de peixe nativas com implicações negativas na pesca".
Claro que se tem implicações negativas, elas não serão apenas para a pesca mas tambèm para a biodiversidade e aí sim afectando a pesca.
Enjeitando responsabilidades na disseminação da alga invasora e infestante, vem agora dizer que a Caulerpa veio agarrada aos barcos provenientes do Mediterrâneo. Mas quem vive na Ria aponta o dedo a uma transposição da alga.
E vai mais longe dizendo que a biodiversidade global na Ria não será afectada drasticamente a menos que as algas marinhas ocupem os prados de ervas marinhas. Estes cavalheiros devem sofrer de miopia de tal forma que não veem que a alga já está ocupando zonas onde haviam pradarias marinhas.
Claro que a descarbonização está em primeiro lugar até porque permite ao Estado, a entidade financiadora destes cavalheiros, a venda de quotas de carbono. Já no que se refere às actividade económicas tradicionais da Ria, e que não são poluentes, nem uma palavra.
Enquanto não correrem com pescadores e outros associados à pesca não descansam!

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