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terça-feira, 11 de maio de 2021

OLHÃO: TRANSFERÊNCIA OU A MORTE ANUNCIADA DE ACTIVIDADES?

 Parece não haver duvidas quanto às prioridades para o futuro da cidade e do concelho, resumindo-as ao sector turistico. Toda a frente de mar da cidade e da vila da Fuzeta será para virar para o turismo, à custa da transferência senão mesmo da morte das actividades económicas tradicionais que lhes deram origem.
Estas opções politicas têm um caracter marcadamente pessoal e distantes da vontade das populações, embora hajam pessoas que as defendam pensando mais nos interesses pessoais do que na sua sustentabilidade. Para aqueles que pensam no futuro dos filhos e netos, as gerações vindouras, outro tipo de preocupações se alevantam. 
O turismo na nossa região, vivendo essencialmente do segmento sol/praia, é uma actividade sazonal como tantas outras que vêm sendo promovidas como a cumplicidade do poder politico, mais preocupado comos lucros das empresas do que no bem estar das populações.
No passado, a imigração era uma forma de proceder à reconstrução de paises que haviam sido alvo de catastrofes naturais ou de guerras, mas nos dias de hoje a emigração é utilizada para fazer baixar salários nos países de acolhimento. Criar a instabilidade e segurança entre os trabalhadores, recorrendo aos contratos a prazo, ao trabalho temporario e outras formas de precariedade, a contratação de trabalhadores migrantes, tudo isso são formas de intimidação sobre os trabalhadores que com o receio de perderem o que conquistaram com o trabalho de uma vida, deixam de lutar e de se manifestar. 
São os sectores primário e secundario da economia aqueles que mais mão de obra podem absorver mas a aposta passa pelo sector terciario, comercio, serviços e actividades sazonais como vem acontecendo na agricultura em modo de monoculturas. A ganância acima de tudo!
E porque precisam de mão de obra barata para alimentar a ganância dos amigalhaços nada melhor do que promover essas actividades, ainda que com isso possam levar à falência da segurança social.
Vem sito a propósito do nosso amigo Pina fazer nova tentativa de pressão para acabar, propondo transferir actividades ligadas à pesca e não só, da zona ao redor do posto de pesca para implementar  um plano de urbanização que permita a alteração ao uso dos solos. 
Enquanto aqueles solos tiverem como destino a utilização comercial ou industrial o seu valor será bem mais baixo do que quando for permitida a edificabilidade para uso turistico-imobiliário. Quando o nosso amigo Pina convida as empresas ali instaladas a transferir-se para outras bandas sem ter em conta os custos que tal comporta, a começar pela subida de rendas, o que equivale a uma morte anunciada, devia antes promover o tal plano de urbanização para que os actuais proprietários possam ver os seus espaços valorizados.
Para alem da pressão indevida que é feita sobre inquilinos e proprietários, o que se vem fazendo é induzir os actuais proprietários a venderem barato para os amigos do costume beneficiarem da valorização futura. Uma politica criminosa!
E isso vem acontecendo com os armazens na Avenida 16 de Junho!

2 comentários:

  1. A grande moda do turismo abafa todas as outras atividades primárias e quando está a sufrer um revés como o atual, tomos que aguentar as consequências.

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