Logo a seguir à tomada de posse, o presidente da câmara municipal de Olhão, deu inicio à repavimentação das ruas situadas entre as Ruas 18 de Junho e Almirante Reis, no que foi aplaudido por alguns que não tiveram a preocupação de ver o que se escondia.
Dias depois, começaram a surgir os novos buracos, porque as infraestruturas por baixo do alcatrão estão obsoletas e a precisar de substituição. Estamos a falar da rede de aguas e esgotos!
Pois bem, depois de buracos nas Ruas Manuel Martins Garrocho, Joaquim do Ó, acontece agora na Rua Joaquim Ribeiro, aquele que segue em direcção à cadeia, como a imagem a seguir documenta.
De uma assentada foram abertos três buracos, dois para pôr a descoberto esgotos e um outro de agua, este talvez por lapso na localização.
Durante cerca de quinze dias, os esgotos naquela zona estiveram entupidos e depois de varias tentativas parece, e não é certo, o problema estar resolvido, pelo menos temporariamente. Convem aqui dizer que o problema não é de quem trabalhana empresa municipal Ambiolhão, mas sim do estado das infraestruturas, velhas, obsoletas. algumas com mais de setenta anos, com canalizações de agua em amianto e os esgotos sub-dimensionados para o crescimento habitacional do edificio.
Dirão alguns que não é responsabilidade da autarquia, mas é! É que o Regulamento Geral da Edificação Urbana, prevê que as novas construções obedeçam a uma linha de 45º, medida no lado oposto da rua. O Regulamento Geral remonta ao ano de 1951 e tem sofrido algumas actualizações mas mantendo essa disposição.
Na prática, da aplicação dessa regra, as novas construções não podiam exceder a largura da rua, com os pisos superiores a terem de ser recuados. Com isso, as caracteristicas do edificado nas zonas antigas mantinha-se, ainda que com ligeiras alterações.
Como facilmente se compreende, não respeitar essa regra, onde existia uma casa passaram a existir quatro ou cinco casas, contribuindo para o aumento da circulação automovel e de estacionamento.
Por outro lado, levanta-se o problema da salubridade dos edificios, particularmente dos pisos terreos que deixam de ser beijados pelo sol.
Mas como o assunto são as infraestruras, é obvio que o crescimento acentuado da habitação nestas ruas, induz a uma maior pressão sobre as infraestruturas existentes, essenciais numa sociedade moderna, e que deveriam ter acompanhado tal crescimento e beneficiação, substituindo-as.
Para o cidadão menos atento, importante é o manto de alcatrão; sente-se bem a conduzir num tapete novo; pouco lhe incomoda o que se esconde por debaixo dele.
Isto só vem confirmar aquilo que na altura dissemos!
Manto novo de alcatrão!!!
ResponderEliminarMuitas dessas ruas que levaram um belo alcatrão. Já estão cheio de buracos mal choveu