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sábado, 25 de junho de 2022

OLHÃO: NOVAS OBRAS SEM CONCLUIR AS ANTERIORES?

 

Presidente da câmara, vereadores e todos os acólitos, têm vindo a apontar a guerra como a principal causadora do atraso nas obras, o que não corresponde à verdade.
Mas ainda assim vale a pena lembrar que recentemente foi o próprio presidente reconheceu que um terço da construção dos fogos a custos controlados estava embargada com os trabalhos parados; na Estrada de Quelfes não diz que se esqueceu da expropriação e do pagamento da indemnização ao proprietário de umas casas e que deu origem ao embargo da obra; na Avenida 16 de Junho há problemas com as obras porque foram feitas alterações ao projecto inicial o que determina não só o respectivo pagamento como também o alargamento dos prazos.
Mas nada disso impede que sejam contradas novas obras que para essas não há guerra que as impeça. Ou será que já se joga com o calendario eleitoral?
Depois do concurso para atribuição de 27 casas de renda social, celebra-se mais um contrato para a manutenção de 26 outras casas . Mas não se ficam por aí o cenario de mais casas ou promessas delas.
É que de acordo com a imagem acima, foi encomendado o projecto de arquitectura e especialidades para as casas para o realojamento do Bairro 16 de Junho.
Resta saber em que se situação vão ficar os moradores daquele Bairro, já que até lá são proprietários e passam a inquilinos e claro, como nao podia deixar de ser, candidatam-se a pagar uma renda, não se sabe de quanto.
Nada temos contra a manutenção das casas, bem pelo contrário. Se a autarquia tivesse acompanhado a utilização das casas e verificado do estado de vestustez talvez não precisassem de tanta manutenção. Mais com tanta carência habitacional manter aquelas casas devolutas é mesmo de quem não quer saber do mal estar das populações.
Já quanto ao realojamento dos moradores do Bairro 16 de Junho pode dar-lhes o oportunidade de ter uma casa com melhores condições, mas é preciso não esquecer que em troca desse realojamento vão desocupar um terreno em sitio com valor acrescido. Aquilo que a autarquia vai gastar na construção desses fogos é compensada com a venda dos terrenos.
Falara com as pessoas? Explicaram-lhes as vantagens e inconvenientes da mudança?
A perspectiva de tantas obras depois de anunciarem a paragem das que estão em concurso com o factor da guerra é um acto contraditório das declarações de quem nos governa localmente. 

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