Sendo certo que as rendas de casa aumentaram em todo o País, o concelho de olhão foi aquele onde, em termos percentuais, mais aumentaram durante o ano de 2022, como se pode ver em https://www.algarveprimeiro.com/d/preco-das-casas-para-arrendar-no-algarve-subiu-135-em-2022-olhao-encabeca-lista-das-maiores-subidas/48485-4.
Estes aumentos de renda não resultam do valor das casas mas da artificialidade do sistema ao propagandear o País como destino ideal para fins turisticos ou de segunda habitação.
A habitação tinha uma função social, dar um tecto às pessoas, mas fruto da legislação aprovada pelo governo de Passos Coelho e mantido pelo de António Costa, passou a ser encarada como um novo negócio muito mais rentavel.
Por todo se veem alojamentos locais, hosteis e casas de veraneio vazias (segunda habitação) o que fez disparar os preços de tal forma que os residentes não têm como se defender do aumento de preços.
A procura de casas por parte de gente com maiores posses, acompanhando as crescentes desigualdades entre as classes, vai determinar aqueles aumentos.
Olhão tem casas suficientes para a satisfação das necessidade da população residente mas o poder de compra ou de consumo da maioria dos residentes ficando muito aquem dos valores pedidos.
É natural que quem investe queira obter o maior rendimento cabendo ao Estado intervir, regulando, já que estamos perante uma função social. Não o faz porque está refem de interesses alheios à maioria da população, mesmo sabendo que a está condenando a não ter um tecto onde se abrigar.
O Estado não pode olhar para o problema da habitação como se se tratasse de uma actividade económica, também ela desregulada. Não intervir ou fazê-lo tardiamente só irá piorar a situação, já que os salários pagos não comportam os aumentos verificados.
No fundo, estamos a criar para um futuro próximo, milhares e milhares de sem abrigo mesmo trabalhando.
Esta é a cultura do chamado mundo livre que nos querem impingir, a aceitação desta (a)normalidade onde quem tem dinheiro tudo pode ter, mas que aos trabalhadores é negado.
Um dia destes, quando menos esperarem, os trabalhadores vão sair às ruas e exigir mudança profundas. Leva tempo mas vai chegar lá.
Cuidem-se!
Tem razão no que diz. Mas em relação às rendas da habitação, os senhorios pagam os impostos, são privados e como tal, apenas
ResponderEliminarnuma ditadura ou num paisgoverno de extrema esquerda o estado pode intervir . Atenção que eu não tenho casa arrendadadas. No entanto penso que caberia à CMOLHAO, defender os olhanenses e criar habitações para arrendar a custos controlados. Mas o poder local, como o governo, precisam é de se governarem e estão a marimbar-se para as necessidades da população.
Um grande bem haja, votos de confiança e força às nossas autoridades do MP e PJ, que ainda tem gente capaz, corajosa e competente quando os deixamos trabalhar. Mas como diria um deles, "Aqui em baixo demora mais mas vai". Vila real Santo Antonio, Caminha, Vinhais, e hoje Espinho. Olhão não tardará por mais lama que mudem de um lado para outro.
ResponderEliminar"Eles andem aí!!!"