O Festival do Marisco 2008 terminou e é altura de fazermos balanço. Várias são as questões que se levantam e que já vem do passado e às quais a câmara e a Fesnima devem procurar dar uma resposta satisfatória.
A primeira questão que levantamos tem a ver com o recinto. O Jardim Pescador Olhanense não é o local apropriado para este tipo de evento. Com os anos que o Festival do Marisco já leva, já era suposto ter um espaço próprio, a exemplo da FATACIL, com estacionamento que dê para algumas centenas de carros. Aos supermercados é exigido que tenham estacionamento e para estes eventos, as pessoas andam perdidas pelas ruas de Olhão à procura de um buraco para estacionarem o que é quase como procurar uma agulha num palheiro. Esse espaço seria aproveitado para outros eventos por forma a tornar-se rentável.
A segunda questão que levantamos tem a ver com o valor das entradas. Numa FATACIL, em Lagoa, onde os artistas são quase os mesmos que em Olhão, paga-se dois euros e meio. No Festival da sardinha, em Portimão, paga-se três euros e meio. Em Albufeira os eventos são gratuítos. O Festival do Marisco de Faro é gratuíto (também sabemos porquê e também achamos que tem os seus direitos).
Em Olhão é o entrar nos bolsos de quem lá vai, para suportar as comesainas e as borlas que o snr presidente e vereação concedem a pessoas que até podem pagar. É certo que a realização de um evento destes acarreta sempre despesas e que todos nós, mas são mesmo todos devemos contribuir. Acabem lá com os subterfúgios das canecas e dos camarões marrecos e o valor da entrada não deverá ultrapassar os cinco euros. Certamente que o Festival será visto por muito mais gente.
Em terceiro lugar, já é tempo de se fazer algumas criticas a quem está comercializando o marisco. Não está em causa a qualidade do marisco. O que está em causa é, sim, o assassinato à arte de cozinhar. A arte de cozinhar é como a música. Na música é preciso sensibilidade para que a combinação dos acordes soam bem aos ouvidos de quem quer ouvir. A combinação dos ingredientes nos diferentes pratos pode transformá-los em mais ou menos agradáveis ao palato e aquilo que temos vindo a assistir nomeadamente com o arroz de marisco, com a açorda de marisco, com a feijoada de marisco e o xarém, são autênticos assassinatos à arte de cozinhar. Alguns destes pratos mais parecem canja de galinha do que pratos de marisco. Os olhos também comem e, por vezes, mais que a boca. A apresentação dos pratos futuramente terá de ser mais cuidada.
Por fim, temos a ASAE, que entendemos ser muito útil que zele pela nossa segurança alimentar. Achamos despropositado que depois ande na caça ao dinheiro, exigindo contratos de trabalho a quem está ali só por uma semana, querendo saber que quantidades de arroz, marisco e tudo o que faz falta para se poder trabalhar, para depois se lançarem, com a sanha que os caracteriza, na cobrança dos impostos como IVA e outros...
100 euros pra passar bem a noite em olhão, vai lá vai! Acho que o festival parou no tempo, de resto como a CMO parou há muito no tempo. Tá na hora de mandarem o Leal embora!
ResponderEliminarOlá acho que o seu comentário diz tudo: realmente são um abuso os preços que se praticam no Festival de Marisco, a comida não é nada do outro mundo e nem se fala no cartaz deste ano que foi uma nulidade. Ainda pagava 12,50 mas por artistas de qualidade agora Anjos ou Rita Guerra, tenham dó...
ResponderEliminarO próprio movimento das ruas denuncia a fraca afluência das pessoas...