As imagens reportam umas pinturas na Rua General Humberto Delgado, mas pelos vistos estão espalhadas um pouco por toda a cidade. Parece-nos que a intenção é a de chamar a atenção para os autistas da Câmara Municipal de Olhão para o estado em que se encontram os passeios das principais artérias da cidade, onde os idosos são obrigados a ir para o alcatrão por tropeçarem nos buracos existentes um pouco por toda a parte. Claro que os nossos autarcas não vêem nem podiam ver o que se passa, já que não andam a pé preferindo os popós pagos com o dinheiro dos munícipes dos quais se servem como se seus fossem. Despesas para nós, receitas para eles.
Entretanto chamo a atenção para o ilustre olhanense autor das pinturas para o facto de poder vir a ser penalizado pela obra de arte; é que, decorriam os anos setenta e cinco, assisti à detenção de um opositor ao regime que tentavam impor ao País, por pintar o alcatrão da estrada com frases alusivas ao momento que então se vivia.
Decorridos estes anos, a Câmara Municipal de Olhão, elaborou ou copiou um Projecto de Regulamento do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos e Higiene e Limpeza de Espaços Públicos que podeis consultar clicando em cima do link a seguir http://www.ambiolhao.pt/site/phocadownload/regulamentos/proj-reg-res-urb-limp.pdf em que as celebres multas de quatrocentos escudos e cinquenta centavos têm agora um valor muito acrescido. Assim quem Escarrar, mijar ou arrear o calhau (ver artigo 41º, alínea n) está sujeito a uma coima que vai de 250 a 1500 euros, conforme a alínea o) do nº 2 do artigo 70º. Sendo estes materiais biodegradaveis, o que dizer de uma nódoa (pinturas) que não sai mais a não ser que substituam as pedras da calçada. A coima deve ser bastante mais pesada.
Aconselha-se pois a utilização de escarradores de bolso mas com algum cuidado, não vão fazer confusão com a cara do presidente bastante semelhante. Quanto a arrear o calhau ou mijar, tenham o cuidado de verificar da presença de pessoas, apesar de sabermos que a CM Olhão fez questão de encerrar as retretes publicas que existiam na cidade ou de mandar fechar mais cedo as dos Mercados de Olhão mesmo sabendo do elevado numero de pessoas que passeiam na baixa da cidade. Supomos que tal medida tem a ver com a dinamização dos estabelecimentos da zona, porque assim obriga a neles entrar e logo consumir. E agora digam lá que o homem está chéche´!
Ou então façam nos bolsos e levem para casa.
Por favor, não insultem os autistas ... :)
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