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terça-feira, 24 de abril de 2012

OLHÃO: QUE ESCONDE A ASSEMBLEIA MUNICIPAL?

Que Francisco Leal, o presidente ainda em exercício da Câmara Municipal de Olhão, esconda dos munícipes as suas tramoias ainda se compreende, não vão utilizá-las contra ele em qualquer procedimento judicial; já não se compreende é que Filipe Ramires, presidente da Assembleia Municipal, faça publicar um edital na comunicação social convocando uma sessão para 26 de Abril, sem qualquer ordem de trabalhos e pior ainda quando a adia para o dia 30 de Abril e continua sem dar a conhecer o que os espirros na Câmara pretendem aprovar nas costas das pessoas.
E porque já estamos habituados à batota, reparámos que os editais da Assembleia Municipal estão numerados, mas que a alteração da sua numeração não só é possível como pratica corrente. O edital nº5/2012 refere-se à Assembleia Extraordinaria de 23 de Abril ( bem podia ser de 24) e o nº 6/2012 à alteração da Assembleia para o dia 30. Então e onde pára o edital da Assembleia marcada para dia 26/4? Logicamente à Assembleia de 26 correspondia o nº6 e à sua alteração o numero 7. Tudo isto consta em http://www.cm-olhao.pt/portal_autarquico/olhao/v_pt-PT/menu_municipe/consultas_em_rede/editais_avisos/amunicipal/Editais+de+2012/.
Sendo Filipe Ramires jurista, na área do direito administrativo, não se compreende as razões que o levam a proceder assim, tanto mais que a numeração dos documentos é um acto administrativo, que só a intenção de ocultar algo cozinhado e a aprovar nas costas da população. E porque não restem duvidas, aqui deixamos o link para a convocatoria da Assembleia http://www.cm-olhao.pt/NR/rdonlyres/3F8353D7-DFD0-425E-AC24-02755A5BBAA8/0/EDITALAM062012Conv.pdf.
É com esquemas destes praticados muitos anos que a Câmara Municipal de Olhão, a que agora se junta a Assembleia Municipal, vem afastando os munícipes da participação activa na vida da autarquia como forma de fazerem aprovar toda a espécie de medidas contra as pessoas, sem que estas se possam defender.
Ambos os presidentes, da Câmara e da Assembleia Municipal, noutros tempos defendiam a participação das populações, se bem que nessa altura não detivessem o Poder, factor determinante para a mudança. E lembro-me bem do Filipe Ramires em reunião com o então Ministro das Obras Publicas, discutir a responsabilidade do Estado perante o Povo. Quem diria que esta anedota politica, autentico camaleão, foi o "maior" defensor da democracia participativa, do controlo operário, da auto-gestão. Onde pára o anterior Filipe Ramires? Será que seguiu aquela máxima que diz "senão consegues vencê-los, junta-te a eles"? O oportunismo politico também tem custos e o Filipe Ramires ainda irá pagá-los.
Contra esta cambada que apenas sabe governar contra a maioria da população, muitas das vezes senão em proveito próprio, em proveito de amigos, "camaradas", familiares ou membros do partido, deve a população olhanense mostrar toda a sua indignação e revolta.
REVOLTEM-SE, PORRA!


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