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segunda-feira, 25 de março de 2013

OLHÃO: A RIA E SEU CONTRIBUTO PARA A ECONOMIA LOCAL


Damos hoje a conhecer dois documentos elaborados pelo IPIMAR, separados por um período de dez anos, pelos quais é possível ver a diferença, ainda que generosamente disfarçada, entre as produções nestes períodos.
Assim em 2001, estimava-se uma produção de 7.060 toneladas ano enquanto que dez anos depois , a estimativa aponta para as 5.000, menos cerca de trinta por cento. Na tentativa de mascarar os crimes cometidos contra a Ria Formosa e contra aqueles que nela procuram o sustento, não têm qualquer pejo em apresentar estimativas irrealistas, de tal forma, que na segunda imagem pode constatar-se que entre a estimativa e a produção real há uma enorme diferença, sendo a estimativa 150% acima da realidade. Onde pára o rigor cientifico desta gente? E mesmo a produção real está errada, porque a taxa de mortandade é superior, e bem superior à apresentada  de 50% quando atinge os 80%.
Não será demais, e em breve traremos ao conhecimento documentos que apontam para o dobro da produção, antes da existência das ETAR, pelo que por agora ficamos apenas com estes números, que mostram que no espaço de dez anos se perdeu na Ria Formosa mais de 50.000.000 de euros, graças à santa poluição, que os nossos autarcas desconhecem.
Ainda assim, e de acordo com este documento, gera uma riqueza de 25.000.000 de euros, que acabam por ser redestribuidos pelo comercio local, sendo perceptível que a quebra acentuada nos rendimentos das cerca de dez mil pessoas (números do documento) que labutam na Ria, têm um impacto muito significativo para a economia local, tal como a Auto Europa terá para a cidade de Setúbal.
Escamotear a importância deste tipo de economia é dar um tiro nos pés, mas os nossos responsáveis políticos, talvez porque isto não lhes encha as algibeiras, a eles e aos amigos, desvalorizam-no, condenando as pessoas à fome e miséria.
O Povo explorado e oprimido por esta casta de politiqueiros tem o direito e o dever de mostrar toda a sua indignação e revolta, por formas mais agressivas e consequentes do que aquilo que até agora tem feito. Menos palavras e mais acções!
Quanto aos candidatos às próximas eleições podem ir já alinhavando as suas ideias sobre o que pensam fazer em relação à poluição na Ria Formosa, porque podem desde já ficar cientes de que não os deixaremos dormir em paz enquanto o problema não for resolvido e não seremos poupados nas palavras por mais acintosas que as entendam.
INDIGNEM-SE! REVOLTEM-SE, PORRA!

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