Este ano temos eleições autárquicas e, como não podia deixar de ser, a pré-campanha já começou. Quem está no Poder, procura através do mesmo e à pala dos dinheiros públicos, angariar votos. São as canecas e os bailaricos. O pretenso candidato do P"S" já mostrou que não tem perfil, não tem estofo para o exercício do cargo mas a oposição também não consegue afirmar-se. O candidato do PSD vem na linha de continuidade a que o PSD já nos habituou, no concelho.
Porque as pessoas estão fartas de serem enganadas, fartas de programas que não são para cumprir, fartas de ouvir falar em projectos que nunca passam das idéias e do papel, ouve-se falar, cada vez com mais insistência, na necessidade de uma verdadeira alternativa, capaz de romper com a prática dos partidos tradicionais.
Os municípes desejam que apareça um movimento independente, que congregue pessoas de diferentes sensibilidades politicas, em torno de um programa exequível, que permita pôr ordem na "casa".
Há aspectos que nenhum candidato ousa tocar e que marcam a diferença. Ao longo destes 38 anos tem predominado a cleptocracia que levou à falência do País e das autarquias. Há males que são urgentes combater. Como é que se pode compreender que, tendo a câmara tantos funcionários, os senhores vereadores, quando tomam posse, levem consigo acessores e "secretárias"? Como é que se compreende que uma câmara endividada, aprove ainda juantamente com o orçamento um novo pedido de empréstimo à banca? Como é que se compreende que uma câmara como a de Olhão tenha 18 (dezoito) chefias intermédias e atribua a estas "despesas de representação" no valor de 500 euros mensais, mais do que aquilo que alguns funcionários ganham?
Há pessoas que procuram criar um movimento independente, que tem como aspectos principais uma auditoria externa às "contas" da câmara. Não para saber se 2+2 são 4 mas sim para saber como foi e é gasto o dinheiro dos contribuintes. Contabilisticamente, as contas supostamente estarão certas. A razão é mais profunda, é de se saber como são justificadas as almoçaradas e as jantaradas bem como todo um conjunto de despesas, saber como aqueles dinheiros de Encargos com a Saúde e Outros Encargos com a Saúde que aparecem no orçamento, saber da justificação para a utilização do parque automóvel da autarquia e outras situações que suscitam imensas dúvidas, bem como as contas das empresas municipais. Mas, uma auditoria que em caso de ilegalidades não tenha a consequente responsabilização criminal, também não é nada, ou seja, caso sejam encontradas ilegalidades haverá o necessário procedimento.
Outra questão tem a ver com a admissão de pessoal, a satisfação das "clientelas politicas" e do nepotismo, que fazem engrossar as fileiras do pessoal, aumentando a despesa, quando esta deveria reduzir, uma vez que as receitas estão a baixar.
Uma auditoria externa para se saber como foram aprovados determinados projectos, que infrigem o PDM, o POOC, o Plano do Parque Natural da Ria Formosa e que estão em rota de colisão também com o domínio público marítimo.
O Urbanismo e o Ambiente tem que respeitar as regras. Não pode ficar ao sabor de interesses pessoais. As Reservas Ecológicas e Agrícolas são para respeitar. As ZPE's, a Rede Natura 2000 e a Convenção são para respeitar, com tudo o que isso implica.
É uma idéia que começa a ganhar adeptos, cada vez mais e que se quer constituir com listas alternativas aos partidos tradicioanis. Quem apoia? Quem colabora num projecto dessa natureza?
Escrevo como leitor assiduo do blog, e como olhanense que sou com dois dedos de testa, e ao mesmo tempo com distância para ver que nem tudo foi mau, mas tb nem tudo foi bom nestes ultimos anos...
ResponderEliminarOlhão precisa de um novo rumo de uma estratégia. Nestes ultimos quinze anos o foco de desenvolvimento foi a construcção civil, foi um modelo de desenvolvimento com prós e contras.
Gerou riqueza à camara com novas fontes de receita, Licenças, projectos, IMIs, tb trouxe mais pessoas para Olhão (morar ou a turismo) ajudando assim a desenvolver a economia local, por outro lado houve abusos e algumas obras são atentados de incompetência ou indicios de algo mais grave, pelas consequências graves que tiveram no meio ambiente.
A verdade é que este meio de desenvolvimento se tornou finito por motivos obvios ao enquadramento económico do pais e a nivel internacional. Torna-se imperativo apresentar uma nova estratégia de desenvolvimento.
Que rumo será esse? na minha opinião a estratégia a seguir na proxima década é:
"LIMPAR OLHÃO"
É hora de olhar de limpar a nossa cidade e principalmente a nossa ria, pois so a partir dai serão criadas condições para Olhão entrar num desenvolvimento sustentado, e criar um plano de desenvolvimento economico-social baseado nas pescas, piscicultura e com outras actividades economicas relacionadas com a ria (apanha de ameijoa,ecoturismo) etc.
Para mim este é o ponto central que deve ser abordado, e até agora pouco vi referido na sociedade Olhanense, acredito que uma candidatura desprovida dos interesses instalados, mostrando um rumo, uma ideia capaz de inspirar os olhanenses a grandes feitos, uma candidatura com sucesso garantido, por outro lado se caem no jogo do ser "contra" e em caças a bruxas do passado e apostantdo numa radicalização do discurso têm tudo a perder, pois isso cheira a politiquices e dessas coisas o povo já anda farto e "topa" à distância.