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domingo, 17 de março de 2013

RIA FORMOSA: CEE ACEITA CRIME AMBIENTAL



Noticias fresquinhas da CEE dão-nos conta de que as mentiras das entidades publicas têm mais peso do que a verdade dos cidadãos e por isso pretende arquivar mais um processo que obviamente vai ser contestado.
No âmbito do Polis Litoral da Ria Formosa foram elaborados, com a cumplicidade de associações tidas como representativas dos viveiristas, os estudos "Qualidade Microbiologica dos Bivalves da Ria Formosa" e "Quasus- Qualidade Ambiental e Sustentabilidade dos Recursos da Ria Formosa" que apontam duas fontes de poluição fecal: os despejos das águas residuais urbanas e a difusa causada pelas escorrências das águas da chuva drenadas pela agricultura, sendo esta a grande desgraça, quando na verdade é a merda que vai na cabeça de quem elabora estes estudos a causa da degradação da Ria Formosa.
Desde que mataram os matadouros municipais e regionais as poucas unidades de suínos, de cabras e bois ou boys tem vindo a ser drasticamente reduzida na região senão mesma extinta; no passado os dejectos animais eram utilizados como fertilizantes agrícolas, mas nos tempos que correm, são encaminhados para a vermicompostgem para serem transformados em adubo orgânico natural. 
Mal se compreende que sem produção animal, hajam resíduos animais em quantidade suficiente para provocar tamanha poluição do mesmo modo que a radiação ultra-violeta apenas seja eficaz para as ETAR e não para a agricultura, praticamente abandonada, e portanto falar em poluição "difusa de origem agrícola" de tão abstracta que é, só imaginável na cabeça de atrasados mentais. Ele há com cada "estudioso" que com o medo de perder o emprego prefere dar cobertura ao crime do que denunciá-lo, prestando-se a elaborar tamanha bacorada.
O Estado português na eminencia de procedimento junto do Tribunal Europeu, resolveu à pressa avançar com um despacho do secretario de estado da maré onde apresenta um conjunto de medidas que não resolvem problema algum, já que estão assentes na mentira. O problema da poluição da Ria Formosa não são os coliformes fecais mas sim a eutrofização. E como se pode ver no oficio da CEE, o Estado português mantém que o estado das águas conquicolas não coloca em causa a produção de bivalves quando os produtores registam ano após ano níveis de mortandade cada vez maior. Isto é o que dá termos em secretario de estado uma abecola politica, com um perfil académico vocacionado para a investigação.
A anunciada construção das novas ETAR Poente de Olhão e Nascente de Faro que se encontram, de acordo com o despacho secretarial, em fase de avaliação de impacto ambiental, é mais uma grosseira mentira, posto que antes daquela avaliação tem de haver um local, provavelmente na LUA, que ninguém conhece.
E com mentiras destas, e eu que julgava que só o Trocas-te era mentiroso, os nossos governantes vão ganhando tempo, evitando uma condenação humilhante, mas não perderão pela demora.
Quanto aos produtores conquicolas resta-lhes lutar, luta muito dura, contra as arbitrariedades do Poder que os condena à fome e miséria, poluindo as nossas águas, condicionando as actividades económicas tradicionais da Ria Formosa, assistindo-lhes todo o direito a manifestar a sua indignação e revolta. Contem connosco!
REVOLTEM-SE, PORRA!

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