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sexta-feira, 29 de março de 2013

SCOlhanense em pré-aviso de greve! O prenúncio de uma morte anunciada???

Plantel avança com pré-aviso de greve para jogo com o Benfica
Por Redação

Com três meses de salários em atraso, o plantel do Olhanense avançou esta quinta-feira com um pré-aviso de greve.
Se a direção do clube algarvio não efetuar o pagamento de um mês de salário até dia 5 de abril, os jogadores ameaçam não comparecer no jogo com o Benfica, marcado para 7 de abril em Olhão.

Comunicado do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol:

AVISO PRÉVIO DE GREVE.

1. Considerando que a maioria dos trabalhadores - jogadores profissionais de futebol - em actividade no SPORTING CLUBE OLHANENSE se encontram sem receber o seu salário desde o mês de Dezembro de 2012, com consequências graves ao nível pessoal, familiar e profissional;

2. Considerando que o salário é o suporte económico do trabalhador e da sua família e é um direito constitucionalmente consagrado;

3. Considerando que, após muitas insistências dos interessados, a situação não mereceu por parte do clube a resposta adequada;

4. Considerando, finalmente, que esta situação, dada a sua permanência, se tem vindo a tornar cada vez mais gravosa.

A Direcção do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, ao abrigo e nos termos do disposto no Art. 534º do Código do Trabalho aprovado pela Lei 7/2009, de 12 de Fevereiro, comunica que os trabalhadores profissionais de futebol em actividade no SPORTING CLUBE OLHANENSE, caso não seja efectuado o pagamento a todo o plantel, de um mês de salário, até às 15.00 horas, do dia 5 de Abril de 2013, se decidiram pelo recurso à greve sob a forma de paralisação total do trabalho, não comparecendo ao jogo da 25ºº jornada a disputar contra o Sport Lisboa e Benfica, respeitando os prazos previstos no artigo 534º do Código de Trabalho.

Pretende-se, desta forma:
a) obrigar a entidade patronal a pagar, pelo menos, um mês de salário;

b) obrigar o governo e sobretudo as entidades competentes, Liga Portuguesa de Futebol Profissional e Federação Portuguesa de Futebol a uma intervenção firme junto do clube no sentido de honrar as suas obrigações;

c) alertar as instâncias desportivas para a necessidade de erradicar de forma definitiva este fenómeno. 

 Noticia retirada da Bola online

 Nota do Olhão Livre: Há muito que se previa este triste fim, pois a cidade de Olhão é uma cidade cada vez mais pobre, com um desemprego que está perto das 4000 desempregados, com o maior nível de rendimentos mínimos e de inserção social. Uma cidade que outrora foi uma das maiores cidades pesqueiras, hoje tem cada vez menos embarcações de pesca, só tem a laborar duas fábricas de transformação de pescado e uma Ria que outrora foi rica  e deu riqueza mas que hoje, os que dela ainda vivem, lutam para sobreviver devido aos níveis de poluição que nela existem.
Numa cidade com cada vez menos meios de sustento, é evidente que uma equipa de futebol profissional não tem condições de sobrevivência, ainda mais quando a politica é a de contratações atrás de contratações, em vez de apostar na formação.
Os políticos que governam Olhão, também têm uma grande responsabilidade nessa triste realidade, pois misturam politica com futebol e sempre com o intuito de ganhar votos que lhes garantam a maioria na vereação da CMOLhão, dão 1milhão do nosso dinheiro para obras no Estádio José Arcanjo e cedem o autocarro da autarquia para treinos e deslocações em desfavor das cedência a equipas de formação dos diversos clubes desportivos do nosso concelho.
Os responsáveis políticos olhanenses, com as obras no estádio (com dinheiro da rubrica da habitação social), obrigaram o SCO a jogar sempre em Olhão, incluindo os jogos com os clubes grandes. Se estes jogos fossem no Estádio do Algarve gerariam maior receita e no José Arcanjo obrigou a que o preço dos bilhetes para esses jogos fosse quase insuportavél para quem ganha cada vez menos ordenado.
Por sua vez os dirigentes do SCO, desfizeram-se do histórico Estádio Padinha a troco de migalhas, perdendo assim um recinto desportivo que servia para os escalões jovens.
Para manter a equipa de futebol profissional na 1ª Liga, o SCO hipotecou praticamente todo o seu património, profissionalizou o seu presidente e quase toda a família,tudo isso com a concordância dos politicos locais.
O futuro do SCO tem de estar nas mão dos sócios do SCO e não pode estar dependente dos politicos oportunistas, que só  se aproveitam dos clubes para serem eleitos e assim perpetuarem em Olhão, a ditadura do PS e da oposição "faz de conta".

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