A habitação social é uma das conquistas de Abril, mas cedo se percebeu que os novos detentores do Poder estavam mais preocupados em marginalizar os mais desprotegidos da sociedade, criando autênticos guetos a que deram o pomposo nome de bairros sociais.
Com a criação dos bairros sociais nas zonas periféricas, despovoaram as zonas mais antigas das cidades, mas também nada fizeram para as regenerar, requalificar ou reabilitar, ao mesmo tempo que afastavam dos centros urbanos, os "feios, porcos e maus" de uma sociedade cada vez mais elitista.
Com a chegada ao Poder do homem de Boliqueime, cedo se viu o inicio do ataque ao Estado social, degradando toda a componente social do estado, como se as pessoas não tivessem contribuído, de alguma forma, para o crescimento deste país.
Como resultado das ultimas eleições autárquicas, o partido da rosa perdeu força, tendo que fazer cedências à sua eterna muleta em Olhão, o partido laranja. E é assim que para a viabilização do Orçamento camarário, o PSD pediu em troca a aprovação do Regulamento Municipal de Habitação Social agora em aprovação.
Sabiam os autarcas, porque a Câmara Municipal de Olhão tem nos gabinetes de Planeamento e Acção Social e ainda o Jurídico os meios para fazerem a tabela que ontem elaborámos e demos a conhecer, e que como se pode ver, vai ter consequencias muito negativas para os moradores dos bairros sociais.
Está em curso o processo para a contratação de assistentes sociais externas à autarquia para fazerem o levantamento exaustivo da composição e dos rendimentos dos agregados familiares e das rendas em divida, para aplicação de autentica chantagem e assim obrigar os devedores a assinar os novos contratos que irão ser propostos. As alternativas propostas são, o pagamento das rendas em atraso, o despejo administrativo ou a assinatura do novo contrato, defendendo o Eduardo Cruz o perdão da divida a troco da celebração do novo contrato.
António Pina e Eduardo Cruz de mãos dadas contra os moradores dos bairros sociais e as conquistas de Abril. Os moradores dos bairros sociais em Olhão, Fuzeta, Moncarapacho, Quelfes e Pechão devem de imediato realizar plenários, eleger as respectivas comissões e pedir a suspensão da aprovação do Regulamento Municipal de Habitação Social, contando desde logo com o nosso apoio incondicional e experiência em matéria de habitação social, pela qual nos batemos nos anos setenta.
Em tempos, a Câmara dispôs de um Gabinete Municipal de Habitação e era suposto que procedessem à actualização anual da composição e dos rendimentos dos agregados familiares, bem como a visitas regulares às habitações para acompanhar do seu estado de vestutez. Porque os moradores dos bairros sociais eram encarados como potenciais votantes no partido que exercia o Poder autárquico, a Câmara , melhor dizendo os autarcas,desresponsabilizaram-se das suas obrigações e desresponsabilizaram também os moradores, incutindo a ideia de que as rendas não eram para pagar. Portanto a culpa é única e exclusiva da Câmara Municipal, não tendo moral para, neste momento de asfixia económica e social, assaltar a carteira de quem nada tem, a não ser os braços para trabalhar.
Aos pulhas políticos, os moradores dos bairros sociais saberão dar a devida resposta.
REVOLTEM-SE, PORRA!
É fartar vilanagem no dia 25 de abrilfalam todos em democracia, mas parecem todos uns pavões engalanados de fatiotas Guci e Armani, com cravo na lapela, mais parecendo, tirando o cravo, parecem os antigos esbiros do estado novo,que arranjam sempre qualquer coisinha para inagurar e cortar a fitinha da ordem.
ResponderEliminaragora passado as celebrações do 25 de Abril querem corer com as pessoas das casas?
ai vai haver merda vai.
É tudo culpa do Pina e Cruz? O Cruz nem é Presidente... Não me lixem... Porque é que não fala nos frouxos dos vereadores da oposição? A oposição também já se esqueceram do que prometeram para ter votos? Atenção que a revolta pode ser dos cidadãos que pagam os seus impostos e são e foram esmifrados todos os meses pelos governos e por taxas camarárias e da Ambiolhão, e que não querem nada com esta esquerda caviar e folclórica do PCP/CDU, BE e PS...
ResponderEliminaro seu a seu tempo
ResponderEliminarSe toda a gente que tem uma casa alugada paga a renda, porque é que essas pessoas não tem de pagar também consoante os rendimentos familiares e o agregado. Isso já devia ter sido feito á mais tempo!!!!!!!
ResponderEliminarUma treta que cada vez mete mais nojo essa a dos carenciados e socialmente desprotegidos que não passam duma corja de inúteis , mamões e inimigos de vergara a mola, adeptos do xuxialismo e das minis e copos de três. Então esses gajos desde há 40 anos que os pagantes dão comida livros e transportes de borla a essa camarilha, se nem aprendem a trabalhar nem a estudar , mas claro tem tempo para fornicar e transmitir aos filhos os valores abrilinos que é a manutenção do pão e circo leia-se futebol. Há que acabar com esses sociais deprimidos nem que seja a cacete
ResponderEliminarO seu a seu tempo, mas cuidado porque há povo para além dos que vivem militantemente da subsídiocracia e das borlas compulsivas. Não se iludam que estamos todos fartos de vigilâncias ditas revolucionárias, de partidos esquerda que não atuam e que se aburguesaram completamente na oposição da CMO, e que não cumprem minimamente o que prometeram, agindo como se tudo de uma fatalidade se tratasse. Para isso não precisamos de CDU/PCP, BE, do PS e PSD, e outros partidos do poder lisboeta.Precisamos de realismo na gestão camarária e que os esforços sejam repartidos por todos, e que a fuga aos impostos e aos deveres como cidadãos a pagar rendas de acordo com os rendimentos não seja premiados como os verdadeiros opositores ao governo e à CMO. Uma farsa e uma burla a todos os que trabalham e cumprem com as suas obrigações. O que a CMO precisava era de uma candidatura tipo Rui Moreira do Porto. Uma lição a TODOS os partidos.
ResponderEliminarA questão não é a de facilitar as borlas, no meu entender. As assistentes sociais, no momento certo, deveriam ter agido, procurado saber quais as razões que levaram certas pessoas a deixarem de pagar e de entre estas as que, de facto, poderiam pagar e não pagavam apenas porque a cobrança ser feita pela câmara. Há que distinguir aquelas que não podiam pagar e mesmo essas devem pagar algo, tendo em conta as suas dificuldades económicas. Aos outros, aqueles que podiam pagar e não pagaram há que exigir o pagamento, talvez que uma forma faseada, aumentando o encargo mensal com a habitação até o problema ser sanado. Quanto ao aumento das rendas a questão deve ser encarada por forma a não pôr ninguém na rua. Há pessoas que caíram numa situação débil, outras que a sua situação de vida melhorou substancialmente. Há que fazer um levantamento criterioso por forma a detectar quem deve pagar mais, se tem outros "prédios" ou não, mas nunca pôr aquelas casas com rendas superiores às praticadas no mercado imobiliário...
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