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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

OLHÃO: CÂMARA DESTROI ZONA HISTORICA




 A Câmara Municipal de Olhão contratou um arquitecto urbanista para justificar a destruição da Zona Histórica. E explicação encontrada é a das acessibilidades e vai daí, preparar-se um conjunto de demolições que vão descaracterizar toda aquela zona.
Assim, na Rua das Ferrarias, a maior parte do edificado do lado esquerdo de que entra pelo Largo Sebastião Martins mestre, é para demolir.
Nas imagens vê-se a entrada da Rua das Ferrarias com um edifício que é da Câmara Municipal. A entrada da Rua por este lado é ainda mais estreita que a saída, ao fundo. A Rua alarga a meio, mas é precisamente nessa zona que sofre maior devastação, prevendo-se a demolição da casa pintada de amarelo até ao prédio novo, que se mantém. De seguida não é demolido porque já o está, mas a casa que está precisamente no fim da Rua e que se vê ter sido intervencionada não há muito tempo também é para demolir.
Nas costas desse edificado, como se vê na imagem debaixo, desde a porta castanha, que é da Câmara, até ao canto, mais demolições.

Ao fundo da Rua, já no largo e de frente está o edificio retratado acima, também para demolir.
A onda de demolições não se ficam por aqui, mas deixaremos para outra oportunidade, cingindo-nos apenas por agora a estas demolições arquitectadas.
Em primeiro lugar para dizer que a entrada da Rua das Ferrarias é mais estreita que a saída pelo que por razões de acessibilidade, seria natural que o edificado a demolir, se é que se justifica alguma demolição, começaria precisamente pelo edificado que pertence à Câmara Municipal. Pelo menos assim não estaria sujeita às indemnizações. No entanto quer-nos parecer que, tratando-se da Zona Histórica, todo o edificado deveria ser preservado e objecto de restauro e a rua passar a pedonal ou de transito condicionado aos residentes.
Da mesma forma que no caso do prédio no largo, embora não apresentando a traça do resto do edificado da zona por se tratar de uma construção mais recente, era de manter passando a Rua do Sol Posto a rua pedonal, livre de transito, com estacionamento condicionado aos residentes.
Esqueceu o urbanista do serviço encomendado, que no final da Rua Almirante Reis, existe um "s" que condiciona todo o tráfego naquela zona e que aí, sim e única e exclusivamente por razões de acessibilidade se justificaria este tipo de intervenção. Mas apenas por essa razão, porque de resto, se tal vier a acontecer, estaremos perante a maior descaracterização da zona histórica, não bastando que ao longo dos anos tivessem permitido a construção de mamarrachos de betão que nunca deveriam ter sido permitidos.
Pretende, a Câmara Municipal de Olhão, gastar com estas intervenções cerca de doze milhões de euros. Doze milhões para destruir em lugar de os investir na recuperação do edificado degradado e dar à Zona Histórica a beleza que o edificado, as ruas, travessas e vielas têm.
Como ultimo argumento, vem o presidente e vereação, dizer que o estudo foi encomendado na gestão anterior, a qual integrava o actual presidente, mas que ainda não foi objecto de qualquer decisão ou pelo menos discussão publica.
Os olhanenses devem indignar-se, revoltar-se com a onda de destruição que a Câmara gerida a meias por socialistas e social democratas, quer impor na Zona Histórica.
REVOLTEM-SE, PORRA!



7 comentários:

  1. Entretanto os mecinhes ,do pardal, com esses projectos, vão enchendo a mula à conta do nossos impostos.

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  2. Mósss, que é que te disse que aquele edificio, da rua estreita é da camara, seu aldabão.

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  3. 1a nota - carros estacionados por todo o lado, falta de respeito enorme pelos peões e idosos com pouca mobilidade, principais utentes da zona histórica de Olhão. Como não há parquímetros, não interessa multar.

    2a nota - demolir edifícios antigos numa zona histórica, não se justifica em lado nenhum. justificar-se-ia sim, alterar fachadas e elementos de edifícios mais modernos que descaracterizam a suposta história da zona (retirar azulejos, varandas, etc).

    3a nota - fazer alterações utilizando como desculpa o tráfego, é ridículo. A cidade é dos utentes, sejam eles peões, ciclistas ou automobilistas, pelo que o seu desenho deve repartir o espaço entre estes, de forma igual, ou até desigual, desde que se proteja os elementos mais vulneráveis. Porém, desde que vi, na rua 1º de maio, colocar lugares de estacionamento em cima do passeio, prejudicando quem caminha, quem anda de cadeira de rodas e quem tem dificuldades em mover-se (a grande maioria da população de Olhão é idosa e não utiliza o veículo automóvel no seu dia a dia), não posso deixar de notar que nem a Câmara se preocupa com a população da cidade nem esta tem consciência dos seus direitos e deveres, concordando que se roube espaço aos peões para o dar aos automóveis. Nunca vi o contrário acontecer, pelo menos em Olhão. Em cidades centro e norte europeias é norma, no sul (Grécia, Itália, França e Espanha este começa também a ser o paradigma dominante).
    Em Olhão é à antiga.

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  4. Os arquitectos estão ali pra ganhar o seu. Eles só respondem ao que lhes pedem.
    Agora, os idiotas (com todas as letras) da nossa autarquia acham que temos muitos turistas por causa das rotas das lendas, das floripes ou das intervenções que fazem na baixa.
    Pelo contrário, quem nos visita gosta é daquilo que já foi destruído por todo o Algarve. Das ruas estreitas, dos becos, das casas tradicionais, das ruas de calçada, das praças, ...
    Estão a destruir a nossa história e não se faz nada? Não se pode permitir que gente burra e que não sabe nada de cultura, história, património ou tradição tome este tipo de decisões e vá pra frente com elas!!

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  5. E se realmente defendem Olhão, parem com este tipo de comentários que não leva a lado nenhum! Discutam e apresentem argumentos válidos e terão mais gente do vosso lado.
    Pra chamar nomes e denegrir este blog já bastam os comentários daqueles que vocês criticam e que por não terem argumentos têm que se valer da calúnia.

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  6. Deitar abaixo edifícios que podem apresentar perigo para terceiros e voltar ar erguer mas mantendo o traçado original até estou de acordo. Se for pra deitar abaixo e construir algo que não tem nada a ver com a zona histórica já não gosto.

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  7. Para manter a nossa traça tradicional, e original, acho que devíamos deitar todas as casas abaixo, e erguer de novo os tetos de colmo, e as barraquinhas do mundo novo!

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