Já aqui dissemos bastas vezes que a politica urbanística da Câmara Municipal de Olhão visa essencialmente alimentar as amizades e compadrios, em vez de prover à satisfação das carências do Povo de Olhão. O Relatório de Avaliação de Execução do Plano Director Municipal vem pôr a nu no que tem consistido a gestão do urbanismo no concelho.
Porque os números não são muito do agrado dos nossos autarcas e necessitam de arranjar uma boa desculpa para continuar no caminho traçado há alguns anos vem dizer que o Relatório pode induzir em erro, prestar-se a conclusões erradas. Nada mais pratico!
Então há que encontrar uma explicação lógica para evitar tais conclusões e essa radica nas "urbanizações medíocres ou disfuncionais". Que saibamos quem aprovou estas "urbanizações medíocres e disfuncionais" foram precisamente os serviços técnicos da Câmara Municipal de Olhão, os mesmos que subscrevem o presente Relatório. E porque os aprovaram? Se é certo que não vimos ou não temos conhecimento de qualquer pagamento indevido pela aprovação de tais urbanizações, também não é menos certo que os indícios de corrupção há muito que pairam sobre autarcas e técnicos da autarquia.
O Relatório diz que o grau de execução nos perímetros urbanos é de 80% e que nos espaços urbanizáveis a reestruturar de cerca de 90%. Ou seja, ainda há margem para a edificabilidade. Mas será que se justifica ou até mesmo ampliá-la?
No quadro constante da imagem, com erros de bradar aos céus e irrealistas, verificamos que existem no concelho 52.450 fogos para uma população de cerca 45.000 habitantes, correspondente a cerca de dezoito mil famílias. Em termos de residência habitual temos 35.818 fogos para os tais 45.000 habitantes, com uma media de 1,25 habitantes por fogo. As famílias que vivem em Olhão, a fazer fé nestes dados já nem filhos fazem!
Mas em contrapartida temos 11.114 fogos de segunda habitação, fechado aos ratos a maioria do ano, acrescidos de 7419 fogos vagos, desabitados, perfazendo um total de 18.533 fogos, quase tantos como as famílias que vivem no concelho.
Não sei se a minha calculadora está errada mas parece-me que o somatório de fogos de residência habitual, de segunda habitação e vagos representam mais de 54.000 fogos quando o Relatório aponta apenas 52.000. É a costumeira falta de rigor dos documentos camarários!
Serve este arrazoado para dizer que com áreas urbanas ainda por preencher e edificações de sobra para a satisfação das necessidades do Povo de Olhão não se vêem motivos para alargar os perímetros urbanos como pretende a Câmara Municipal de Olhão, tanto mais que tal a acontecer será à custa da redução de áreas incluídas nas Reserva Agrícola e ou Ecológica.
Por outro lado lembramos que a situação económica e financeira do País não recomendaria uma aposta deste tipo, até porque a banca não tem condições para entrar nas golpadas feitas até há uns anos atrás, sendo previsível a falta de financiamento para atingir os objectivos propostos.
Também sabemos que o pessoal ligado ao sector de imobiliário aplaudirá uma tal aprovação e apoiará sem reservas as politicas preconizadas por Pina e Cruz porque a sede de dinheiro é maior que a satisfação das necessidades da maioria do Povo.
REVOLTEM-SE, PORRA!
O único sector que vai aplaudir é o da lavagem de dinheiro, e este sector é também muito eclético nos apoios que tem nos diversos quadrantes políticos, e cuidado com isto . Com o crime não se brinca. Não há nenhum negócio legítimo e legal que possa suportar um retorno de investimento compatível com as espectativas criadas por este PDM. É fácil de perceber. Façam contas sérias e honestas. Se calhar o Pina e o Cruz são os menos culpados entre os culpados, apesar de serem também responsáveis por esta rebaldaria. Vamos lá chamar os bois pelos nomes se faz favor!!! Não é só a dupla Pina-Cruz! Não insultem a inteligência dos olhanenses. PORRA QUE TAMBÉM É DE MAIS!!!
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