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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Olhão deve lutar pelo seu património!(4)



Olhando com atenção para o espaço da Quinta de Marim, percebemos porque é que esta zona foi ecolhida pela sua localização e pela sua importância, para sede do Parque Natural da Ria Formosa (e não o Ancão, ou o Ludo, ou Cacela, ou…).
Antiga propriedade da família João Lúcio, agora sob a alçada do ICNF, este equipamento ambiental dispõe de vários espaços distintos. Os milhões ali gastos fomos nós que os pagámos e nessa altura ainda nem sequer estávamos na União Europeia.

A casa de João Lúcio foi recuperada e transformada em Ecoteca. Com falta de manutenção, aloja hoje no 1º andar o Polis Litoral Ria Formosa.


O espaço da Quinta de Marim inclui um trilho pedestre de pinhal, salinas e tanques de piscicultura do IPMA, juncal e charco, sapal, dunas e praia, lagoa de água doce  campos agrícolas com nora (onde em tempos se fez agricultura biológica) e pomares de sequeiro.

No espaço exterior ainda tem o moinho de maré, o observatório de aves, o centro de recuperação de aves, o canil de cães de água (penso que já não está activo), as ruínas romanas (tanques de salga), o parque de merendas e um centro de acolhimento para grupos (que já não funciona). Junto à praia do Pedro Zé há um conjunto formado por um armazém de apoio, um ancoradouro e a barca do atum ( já destruida).

O Centro Interpretativo de Marim dispõe de recepção, aquário (desactivados), um espaço para exposições, sala de palestras, sala de reuniões, mini-anfiteatro nas traseiras, bufete, auditório onde já se realizaram várias conferências, palestras, teatros e concertos.


Perante um património tão rico qualquer um percebe a gravidade de uma alteração ao Plano de Pormenor da Quinta de Marim, quer para a construção de uma unidade hoteleira e de um campo de golfe, quer para outra coisa qualquer, e as suas implicações na destruição deste património cultural/ambiental.
Uma autarquia que zela pelos interesses da sua população não esbanja o dinheiro que recebe dos municipes a destruir as suas riquezas.
O povo de Olhão deve usar e “apropriar-se” deste espaço e lutar por ele. Para quem não conhece, ou para quem há muito tempo não passa por lá, convido para um passeio pela nossa Quinta de Marim. Apesar de controlada, a entrada é grátis. Apreciem!
                                    



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