A Ria Formosa e as suas gentes vivem um período de forte degradação económica, social e ambiental, com consequencias muito graves para o futuro de todos aqueles que aqui vivem e trabalham.
Não se pense que a falta de intervenções se deve aos efeitos da crise mas sim de opções completamente erradas, da precaridade da nossa democracia e da prepotência de quem dirige os destinos do País.
De nada serve ter leis, como aquela que dá ao cidadão o direito de participação, se depois as entidades publicas a não respeitam, contornam-na ou branqueiam os seus procedimentos, simulando discussões publicas em substituição da audição das pessoas interessadas.
Uma das frases tranversais a todo o sistema partidário é de que as politicas publicas devem fazer-se para as pessoas e com as pessoas, mas quando chega a hora da verdade, não só as politicas decididas vão contra as pessoas como elas não são chamadas a pronunciar-se sobre o seu futuro.
As demolições na Ria Formosa, cujos argumentos ambientais foram completamente desmentidos, são um desses casos, para alem de que violam o principio da igualdade de tratamento previsto na Constituição da Republica Portuguesa e do Código de Procedimento Administrativo.
As concessões dos viveiros de bivalves é outra situação em que administração não atende aos apelos dos produtores e decide no remanso do ar condicionado de algum palacete do Terreiro do Paço. Há já um ano que a ARH enviou aos produtores uma notificação dando conhecimento de que os actuais produtores poderiam exercer o direito de preferência, mas passado este tempo ainda não fizeram o regulamento para o concurso (leilão) previsto.
As barras naturais da Ria Formosa estão todas assoreadas e apesar dos apelos de quem as utiliza para navegar. a administração publica faz ouvidos moucos. E se é verdade que a navegaçaõ nestas barras é um perigo, também não é menos verdade que o seu assoreamento é impeditivo da renovação das águas dentro da Ria, condenando a fauna e flora existentes.
A poluição é a principal causa de degradação de toda a Ria Formosa e por mais que as entidades publicas digam que vão construir uma nova ETAR, o problema ficará por resolver, não só porque o nível de tratamento é igual ao das ETAR em funcionamento, como questões ligadas às biotoxinas e nutrientes susceptíveis de conduzir à eutrofização da Ria.
Por isso, um conjunto de associações entendeu ser necessário chamar a classe politica a ouvir os que as populações da Ria Formosa têm para dizer sobre a situação de degradação existente. Por isso promovem a
PETIÇÃO
que pode ser assinada em
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SALVEM A RIA FORMOSA!
Aqueles que hoje se manifestam contra o derrube das suas habitações na ilhas alguma vez se manifestaram contra os erros autárquicos que se tem feito durante todos estes anos?
ResponderEliminarNão!
Dizem eles que não se preocupam já que o problema é para os outros e criticam quem se manifesta em reuniões de executivo ou em assembleias municipais.
Como tal comem do que semearam!