Páginas

quinta-feira, 7 de maio de 2015

RIA FORMOSA: QUEM QUER MUDAR ESTE AMBIENTE?

A imagem reproduz mais uma preciosidade de despacho de arquivamento do Ministério Publico numa denuncia de poluição da Ria Formosa.
A instrumentalização da Justiça ao serviço das quadrilhas politico-mafiosas que se alternam na desgovernação do País está à vista na produção de um tal despacho. Nem a Policia Judiciaria, nem o Ministério Publico, vêem quaisquer indícios de crimes nas descargas ilegais e sem qualquer tratamento e que são da responsabilidade das autarquias ou das ETAR da Águas do Algarve. E não vêem, porque o resto da carneiragem instalada nas entidades publicas, ditas independentes, participam no branqueamento da poluição.
Vem a Policia Judiciaria e o Ministério Publico invocar que nos meses anteriores a Agosto de 2014, os bivalves da Ria Formosa não apresentavam níveis de ecoli acima do permitido por Lei, e até têm razão nisso, mas esqueceram-se que a eliminação dos ecoli é feita pela acção da radiação solar, quando se deveriam ter cingido à quantidade despejada à saída dos esgotos ou das ETAR.
Mas mesmo que os resultados, estivessem certinhos e direitinhos, outros factores teriam de ser avaliados como a elevada taxa de mortalidade, que embora não encontre na poluição uma causa directa, mas indirecta. É que os bivalves funcionam como bio-indicadores da qualidade ecológica das águas, ou seja, se as águas não obedecerem, e não obedecem, às caracteristicas que as águas conquicolas devem ter, os bivalves morrem, e isso é o pão nosso de cada dia.
Quando as autoridades, que deveriam zelar por uma verdadeira Justiça, procedem desta maneira, vendo apenas a rama e não vão à raiz dos problemas, então é caso para dizer, que a nossa Justiça não funciona, ou funciona mal.
Para a Policia Judiciaria e Ministério Publico não existe poluição na Ria Formosa, pelo menos naquele período, mas gostava que alguém me explicasse porque razão, as zonas de produção de bivalves nas áreas das capitanias de Faro e Olhão, foram desclassificadas para classe C em Novembro de 2013 e só há um mês atrás é que foram reclassificadas em B e mesmo assim com alguma manha à mistura. As entidades que deveriam investigar disso não quiseram saber, ou será que alguém lhes disse que era inconveniente? Temos sérios motivos para desconfiar da actuação e da seriedade no funcionamento da Justiça, até porque ainda ontem, a Procuradora que dirigia o DCIAP, veio afirmar que não podia dizer porque razão não enviara o processo relativo a um ex-ministro, ex-conselheiro de estado, que esteve envolvida na enorme burla que foi o caso BPN, que ganhou milhões e se transformou num empresário de sucesso, mas que nós todos estamos a pagar.
Fosse algum desgraçado, como já aconteceu, a vazar uma fossa para a horta e de imediato seria multado, mas como se trata do estado poluidor, ninguém vê, ninguém sabe nem ninguém quer saber e que se lixem os otarios que alimentam esta corja de F.d.P.
Mas será que o Povo português quer mudar ou prefere continuar a apostar nesta alternância politico-mafiosa?

1 comentário:

  1. Temos que lutar e zelar pela magnifica costa Algarvia. Além da biodiversidade que podemos encontrar é um destino turístico por excelência. Quem não gosta de fazer uma boat trip em plena Ria formosa.

    ResponderEliminar