O jornal Sulinformação, em http://www.sulinformacao.pt/2016/01/pescadores-dizem-que-nova-aquacultura-off-shore-em-vrsa-os-deixa-sem-local-onde-trabalhar/, dá-nos conta do descontentamento dos pescadores com a APA de Vila Real de Santo António.
Justificando como sendo para a satisfação das necessidades alimentares, a União Europeia, mesmo sabendo que o peixe produzido em aquacultura não tem as mesmas características, qualidade e diversidade do peixe capturado pela pesca, impõe o recurso à produção aquicola, para satisfação de interesses instalados.
Com o alargamento da Plataforma Continental, o nosso País passou a ter a maior área de mar da Europa, que a UE pretende transformar no chamado Mar Europeu, para a exploração dos recursos naturais pelas grandes potencias europeias, sejam eles no mar profundo ou na simples pesca.
Durante o consulado de Passos Coelho, foi aprovado no parlamento nacional por PS e PSD, a lei de bases do ordenamento marítimo, que prevê o recurso a concessões por cinquenta anos, uma forma subtil de vender o nosso mar de pesca e soberania a pataco e correr com os pescadores.
A venda destas concessões representa a realização de algum capital por parte do Estado mas em contrapartida representa a destruição de mais umas centenas de postos de trabalho na pesca que as aquaculturas não vão absorver.
Para justificar a alteração do modo de vida, encomendam estudos ou fazem monitorizações, que nem sempre correspondem à realidade, bastando ver o que se passou com a sardinha. Em 2014, a monitorização efectuada apontava para a estabilização do stoque pelo que a quota para 2015 não devia ter sofrido qualquer alteração, mas foi reduzida por recomendação da UE; em 2015, a monitorização apontava para um crescimento de 34,2% e portanto a quota deveria subir, mas a mesma UE, recomendou a redução de 90% para 2016.
É certo que ainda nada está decidido, mas a UE já mandou o recado de que Portugal e Espanha devem entender-se nesta matéria. Pelo meio ficam episódios caricatos que demonstram bem da hipocrisia de tias medidas. Embora a quota da sardinha Ibérica, fosse dividida pelos dois Países na por porção de 70% para Portugal e 30% para Espanha, aconteceu apenas que já nós tínhamos esgotado a quota e ainda os espanhóis não iam a meio, quando a capacidade da frota deles é muito maior que a nossa. Por outro lado, as normas comunitárias fixam a calibragem do peixe, que as entidades portuguesas e os pescadores fazem questão de observar, mas que os espanhóis não respeitam, sendo fácil encontrar sardinha pequena, a petinga, vinda de Espanha. Que raio de UE é esta que nos tira o pão para a boca e dá-o aos espanhóis?
É evidente que devemos ter uma política de pesca sustentável, não capturando os juvenis, e tínhamos no caso da sardinha que obteve o rotulo ecológico devido à sua forma de pesca que permitia separar os adultos dos juvenis. Já os espanhóis apanham de tudo e a UE sabe mas finge que não sabe.
Com a produção aquicola acontece mais do mesmo e veja-se o que se passou com a Pescanova. Muitas toneladas de pregado produzidas, mas muito poucas para o consumo interno, sendo os portugueses um dos maiores consumidores de peixe, o que equivale a dizer que a satisfação não é das necessidades alimentares do Povo português mas de outros grandes negócios.
E assim será com as áreas de produção aquicola no Sotavento Algarvio se os pescadores não se revoltarem.
A União Europeia é o maior empecilho ao desenvolvimento económico e social de País, condenando o Povo português à maior das fomes e miséria.
PELA SAÍDA DA UE!
REVOLTEM-SE, PORRA!
ja estamos quase em fevereiro, e nao se sabe nada de como vao ser o concurso dos viveiros
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