Na tomada de posse dos novos elencos dos órgãos autárquicos de Olhão, foram proferidos alguns discursos que nos merecem alguns comentários.
Uma das regras da democracia é a subordinação das minorias às maiorias e no respeito destas por aquelas. O que temos vindo a assistir ao longo dos anos da ditadura socialista no Poder autárquico desde o inicio da era dita democrática, é a total falta de respeito das maiorias pelas minorias.
A actual maioria não é a maioria dos eleitores e menos ainda dos residentes, mas apenas a maioria daqueles que participaram no acto eleitoral do inicio do mês. Confinar a democracia ao acto eleitoral é um acto redutor de quem não quer a participação democrática do Povo nos processos de decisão, subordinando-os ao desejo pessoal de um presidente, transformado em pequeno ditador.
A prática tem-nos mostrado que estas maiorias permitem a concentração de poderes dos órgãos na pessoa do presidente por via da chamada delegação de poderes, sendo que no mandato anterior até algumas das competências da Assembleia Municipal foram delegadas no ditador.
Àqueles que tiveram a ousadia de participar em sessões de câmara ou em Assembleias Municipais contestando algumas das medidas presidenciais, foram invariavelmente maltratados, enxovalhados e apelidados com todos os epítetos.
O presidente reeleito, com mais alguns comparsas, vêm agora manifestar receio pela ocupação da Zona Histórica por parte da comunidade estrangeira, esquecendo que foi a própria autarquia quem concedeu incentivos fiscais para a sua ocupação.
O que a Câmara Municipal de Olhão nunca fez e podia ter feito era utilizar os apoio financeiros disponíveis para proceder conservação e reabilitação do edificado na Zona Histórica como se pode ver em http://www.portaldahabitacao.pt/opencms/export/sites/ihru/pt/ihru/docs/IsabelDias.pdf. Mas a autarquia estava mais interessada na venda das casas para receber o Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas.
Vir agora manifestar aqueles receios é de um acto de manipulação da população, até porque primeiro que tudo a grande preocupação foi, e continua sendo, correr com os habitantes nativos da Zona, os antigos pescadores e operárias conserveiras, recambiando-os para os guetos construídos na periferia.
E mais uma vez se promove a destruição da frente ribeirinha com projectos que não servem a maioria, essa sim, do Povo de Olhão, começando desde logo pela concessão do porto de recreio, uma forma simpática de privatizar o investimento publico, e um pretenso alargamento, como se aquele porto estivesse ao serviço da população e não fosse apenas mais um negócio pouco claro e transparente. O parque de estacionamento marítimo dos barquinhos será, na sua quase totalidade, por pessoas estranhas ao concelho, que aqui chegam de carro, embarcam no barco, dão o passeio e no regresso tomam o carro e vão para casa, sem gastar um cêntimo na cidade.
Mas não será por tomar medidas que em nada servem a população de Olhão, que as negociatas se deixarão de fazer, que isso sim é importante. Foi para isto que serviu o conceito redutor de democracia, restringido ao acto de selecção de quem nos vai explorar a seguir.
Preparem-se para a subida da generalidade das taxas e impostos municipais porque alguém terá de pagar as vaidades do Poder autárquico.
Quanto aos comerciantes da Avenida 5 de Outubro, que na maioria dos casos não pagam as taxas de ocupação do espaço publico, tenham em conta que o reeleito presidente quer criar uma Policia Municipal para os obrigar a pagar aquilo que até agora não pagavam.
É esse o modernismo e futuro de Olhão, com todos aqueles que votaram no actual elenco a dizerem que votaram noutra candidatura. Quando a repressão começar a ser levada à prática todos dirão Eu Não Votei Nele!
Passem bem!
O discurso de tomada posse do senhor presidente com tantas promessas, e era ver os bichos que se arrastam atrás deles em delírio de pé a bater palmas. Não me convenceu com tanto deslumbramento, sabem porquê????Porque vejo as ruas sujas, a cheirar a lixo e a mijo, e mais vejo ratos na rua a passear ao pé de caixotes de lixo, coisa que achava impossível de ver e desconfiava das pessoas que diziam ter visto!!!!!Em relação ao discurso do presidente da assembleia muito show off contra a maneira como a campanha se fez, esperemos que sempre tão correto ao longo do seu mandato, ás vezes não devemos falar tanto!!!!!!!!
ResponderEliminarDesculpem-me mas tenho dificuldade em compreender toda esta preocupação longe de mim tal pensamento mas tudo me leva a crer que tudo não passa de uma questão pessoal contra a autarquia.
ResponderEliminarNão tenho duvidas que tudo o que é dito corresponde à verdade mas no dia à dia a comunidade de Olhão não se manifesta e pelo contrário deu maioria absoluta ao edil.
Questionar se votaram muitos ou poucos é uma falsa questão se não votaram é porque aceitam a gestão da autarquia o resto é conversa de dialogo de cidadania eu estou a favor tu estás contra.
Sejam felizes e continuem a questionar.
Assim é que é falar, palavras para quê? É um artista português. Só quem não quer perceber é que não entende o que aqui está escrito.
ResponderEliminarDiz o autor deste artigo, o dono deste blog, que na tomada de posse dos órgãos autárquicos de Olhão,no passado dia 23 de Outubro, foram proferidos alguns discursos que lhe mereceram alguns comentários.
ResponderEliminarEnquanto o autor deste artigo diz lhe terem merecido alguns comentários os discursos proferidos, eu direi que a mim me mereceram sérias preocupações.
Se sabe que foram proferidos alguns discursos, eu direi que foram dois, certamente que sabe o nome de quem os proferiu. Então porque não faz referencia ao nome dos seus autores?
Não faz porque um deles tem as mesmas origens politicas partidárias que o dono deste blog tem, o MRPP.
A minha preocupação é que o discurso do senhor António Cabrita foi um discurso todo ele repleto de tiques de ditador, o que pôs a nu qual vai ser a sua postura como presidente da Assembleia Municipal, até porque estão criadas todas as condições, uma maioria absolutissíma e eu quero, eu posso, eu mando.
Aliás disse mesmo que a campanha eleitoral terminou e o período que agora se segue é o de todos os membros da Assembleia Municipal se empenharem na implementação do programa eleitoral que maioritariamente foi sufragado pelos olhanenses, ou seja, o programa do PS.
Daqui a 4 anos, se cá estivermos, vivos claro está, veremos então como foi o desempenho do cargo em que este senhor foi investido.
Peço imensa desculpa mas todos os intervenientes nos comentários que me antecedem têm razão, embora à primeira vista possam parecer contraditórios. Vejamos porquê? A comunidade olhanense não se manifesta, apenas um pequeno grupo de pessoas mais preocupadas com as questões políticas e com o exercício do poder e suas decisões que podem, muitas vezes, configurar o limiar da inconstitucionalidade e da legalidade. Por outro lado, é verdade que apesar de todas as advertências aos olhanenses, estes votaram maioritariamente no partido socialista e, isto para mim significa que, ou não acreditaram nas propostas da oposição ou votaram no símbolo do partido socialista fosse quem fosse o candidato. Para esclarecer esta situação, sugiro que nas próximas eleições autárquicas o PS ponha como seu cabeça de lista o Veríssimo ou então um burro e depois analisaremos os resultado, penso que nada se alterará mas isto sou eu a pensar...Quanto ao famoso discurso do ilustre dr António Cabrita, devo dizer que fiquei deveras surpreendido. Como é possível que alguém, não só com o seu passado político no MRPP, defensor das liberdades e lutador de causas, pode proferir um discurso que mais parece saído dos negros tempos da ditadura fascista? Será que é por isto que se diz que os extremos se tocam? Cuidado, dr António Cabrita, o senhor inicia-se agora num campo completamente diferente da sua actividade profissional, as facadas nas costas e as traições são fenómenos constantes neste ramo, os seus amigos de hoje podem ser os seus piores inimigos amanhã, aconselho-o a ter alguma moderação, a não ser que já tenha começado o seu percurso para candidato à câmara municipal de Olhão em substituição de António Pina, mas olhe, esse tipo de discurso não combina consigo a não ser ser que tenha recalcado no mais intimo interior da sua mente graves problemas psicológicos de muitos anos e ainda não completamente resolvidos.
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