Na edição do passado dia 20, no JN pode ler-se a intenção de suspender a pesca da sardinha durante o ano de 2018, noticia que pode ser vista em http://rr.sapo.pt/noticia/96283/parecer-recomenda-suspensao-da-pesca-da-sardinha-em-2018
Há cerca de dois anos atrás levantávamos esta questão, acompanha do link da monitorização do IPMA, ao stock de sardinha em 2014 e que pode ser lido em http://www.ipma.pt/export/sites/ipma/bin/docs/relatorios/pescas.mar/CampDEPM-PELA-2014.pdf
Este relatório mostrava que a redução do stock de sardinha na costa portuguesa não era tão acentuado quanto o ICES pretendia fazer crer, o que levantou muita polémica na altura.
Os pareceres do ICES são fundamentados nos relatórios do IPMA, e porque tais relatórios são do interesse publico, tentámos aceder às monitorizações efectuadas em Abril e Agosto deste ano, tarefa infrutífera porque o PIMA deixou de as publicar. Aliás a informação do IPMA está completamente desactualizada, o que pode ser confirmado em http://www.ipma.pt/pt/pescas/recursos/sardinha/estado/estadoatual.jsp, o que pode esconder interesses ocultos.
A sardinha portuguesa tinha um rotulo ecológico concedido porque o seu método de captura permitia separar os juvenis dos adultos, o que não acontecia, nem acontece, na vizinha Espanha. Aquele rotulo permitia-nos manter viva a pesca da sardinha por se estar perante uma medida precaucionista.
Os vizinhos espanhóis reclamaram e foi-nos retirado o rotulo ecológico para nos impor a designação de sardinha Ibérica e o estabelecimento de quotas de captura repartidas entre os dois países à razão de 70% para Portugal e 30% para Espanha.
Todo o mundo sabe que a frota espanhola é das mais predadoras do planeta, não respeitando quotas ou calibragem, capturando adultos mas também juvenis, e sem estes não há adultos.
Nos nossos mercados é frequente encontrar-se juvenis de sardinha, carapau ou cavala, acompanhados de factura espanhola, o que permite a sua comercialização.
A ser levada à prática a interdição da pesca da sardinha para 2018, a nossa frota de cerco será extinta, até porque as embarcações ficarão sujeitas a ficar sem companhas, e os pescadores sem salários.
Portugal não é nenhuma província de Espanha, embora a prática de submissão dos nossos governos o dê a entender. Na verdade o governo português na defesa dos seus pescadores e da sua pesca devia denunciar junto do ICES as más práticas do vizinho espanhol, porque se alguém está na origem de falhas no recrutamento de juvenis são eles e não os pescadores portugueses.
Vem a ministra do mar argumentar com a ideia redutora das alterações climáticas que estão na origem da redução de fitoplancton, o alimento da sardinha, ao mesmo tempo que promove uma campanha de reprodução em cativeiro para abastecimento dos stocks. Esquece porém que se não alimento para a pouca sardinha como haverá alimento para o crescimento do stock?
Argumentar com o clima, omitindo a poluição e a existência de novas espécies de fitoplancton não é o melhor argumento, nem justifica a medida prevista.
Portugal tem o maior mar Europeu mas de nada lhe serve tal a subserviência aos ditames de espanhóis e da UE.
O IPMA só cumprirá a sua função quando tornar publicos os relatórios das monitorizações para que se possa fazer a comparação com os dos anos anteriores e analisar o estado dos stcoks. Todos nós temos direito a saber a realidade e não é escondendo informação que contribuem para a aceitação de medidas tão severas com as que preparam.
PELA PUBLICAÇÃO DOS DOCUMENTOS!
vem todos alarmados dizer que vao morrer á fome porque nao podem apanhar sardinhas, mas entao pesquem cavalas e carapaus e acredito que nao morrem á fome desde que haja um controlo nos intermediários pois os armadores vendem a uma bagatela e a distribuicao ganha fortunas sabem chorar mas os armadores tem tudo bons carros e casas e os pescadores é que sofrem , pois eu tambem tenho um viveiro em zona C e fui proibido de trabalhar e nao é 12 meses é por tempo nao determinado ja la vao 7 meses e nao tenho direitos nenhuns porque para a seguranca social apesar de nao ter rendimentos sou um Empresario com actividade aberta , tinha de fechar actividade mas se fecho actividade perco a licença do viveiro ou seja tenho de continuar com actividade aberta assim sem rendimento algum á espera que acabem com os esgotos e que a zona passe a zona B mas ja alguem viu na TV falarem que em olhao nao se pode trabalhar em 2 das 5 zonas? pois nao interessa porque o governo abafa tudo porque neste caso os culpados sao eles.
ResponderEliminarpela sardinha veio logo TV e olhaopesca mas pelos viveiristas nada de nada.
Mas se a cavala nao tem tamanho nao pode apanhar e para apanhar carapau uma noite inteira e depois ir a lota por 4cêntimos
EliminarConcordo com a posição defendida neste artigo.
ResponderEliminarComo se vê não há diferença entre a política da Assunção Crista e a actual Ministra do Mar, Ana Paula Mendes Vitorino.
vi esse comentário na página do F.B. da Quercus e gostava de saber a opinião do Olhão livre sobre isto?
ResponderEliminarOscar Manuel Varandas Correia E a pesca para as fábricas alemãs que anexaram o maior sector exportador conserveiro ibérico? O da sardinha precisamente! A pesca em Marrocos, Tunísia e Argélia? Ou só se vai regular a pesca ibérica para garantir a anexação de mercado pela Alemanha por via da pesca nos países extracomunitarios. Mais uma fantochada da UE
Se nao tivessem apanhado a sardinha com ova para vazer conserva de ova hoje nao teríamos agora a sofrer as consequências pois a ganância é tanta uma lata de ovas custa 15eur ou 17 vale apena agora aguente se
EliminarMeus meninos... a política do Pina é a política do governo! Ainda não perceberam??? Daaah! Os turistas não precisam de pescadores ou viveiristas,precisam é de prestação de serviços!!
ResponderEliminarO turismo em Olhão e as más opções tomadas, são as mesmas que se reflectem no Algarve e no país. Portugal é a estância turística da Europa! É para destruir qual predadores! Interessa é fazer grandes negócios, encher a barriga e o cu aos grandes e os outros (nós)perdemos o acesso ao que é nosso, incluindo o direito a mantermos a nossa profissão ou modo de vida.
As alterações climáticas,são agora o penico onde todos cagam. Porque agora, depois de gastos todos os outros argumentos, são a desculpa para todas as medidas de subserviência à União Europeia e à Europa.
Quem está preocupado com as alterações climáticas não toma estas medidas de "caca".
Na mesa dos pinanço não falta sardinha. Seja ela fresca ou de conserva. É oferecida pelas duas poias dos pinanço: (peixe azul) e (maná ) e é isto é a cáca que temos em olhão. Com o tempo acabam com tudo, Sardinha ,ameijoa e tudo o que a ria dava. Limpeza das casas nas Ilhas e hotéis com fartura.
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