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quinta-feira, 28 de março de 2019

OLHÃO: TUBARÃO CALOTEIRO PARA O MATADOURO?

Olhão está na moda e de que maneira! Enquanto os operadores dos Mercados são multados por não utilizarem o avental, outro há que o utilizam para promover a imagem, como o Pina a dar uma de cozinheiro a fazer litão ou o xarem, e ainda há os que usam outros tipos de avental como forma de proporcionar negócios e que ricos negócios!
Deixando os aventais para trás, na semana passada, o tubarão Joe Berardo deslocou-se a Olhão para almoçar com o presidente Pina na baixa da cidade. Berardo, segundo a comunicação social está referenciado como um dos grandes devedores à banca, divida essa que todos os cidadãos são chamados a contribuir para o seu pagamento. Sendo assim bem se pode dizer que estamos perante um tubarão-caloteiro!
Mas o que veio fazer a Olhão, o tubarão caloteiro? Só o Pina poderá responder!
De qualquer das formas, fonte próxima dele, confidenciou a possibilidade da recuperação das antigas instalações do Matadouro Municipal, para ali instalar um Museu. Obviamente que aplaudimos essa recuperação, se ela vier a ser feita, o que já deveria ter acontecido há muito tempo. Aliás nunca deveriam ter ter deixado chegar ao ponto de degradação a que chegou. 
Dois mais dois são quatro, é a lógica da matemática! E pela lógica, o Pina só apostará na recuperação do Matadouro, se tiver na retaguarda, um tubarão disposto a alimentar, não a recuperação, mas o conteúdo.
Ora o tubarão, como é do conhecimento publico, recebe dois milhões anuais pela exposição que mantem no CC Belém. A confirmar-se o cenário, com o tubarão a trazer para Olhão alguns dos seus quadros, certamente quererá ser ressarcido, e bem ressarcido, por uma exposição a apresentar com toda a pompa e circunstância, provavelmente com a presença de algum ministro do avental.
Para os nossos leitores, e à margem do que atrás dizemos, lembramos que este tipo de actividade, a exposição de quadros, é a melhor maneira de os valorizar e branquear alguns capitais. A exposição de quadros que podem valer cinquenta euros em meia dúzia de galerias, depois de algum marketing, pode passar a valer quantias astronómicas que não têm qualquer correspondência com o valor real da obra. Mas deixemos isso, até porque não percebemos patavina disso e voltemos ao assunto, a eventualidade da presença do tubarão em Olhão.
Está em curso a disponibilidade de um fundo comunitário, destinado à arte e cultura, dotado de cerca de vinte e sete milhões, a aplicar no Alentejo, Algarve e Andaluzia. A Câmara Municipal de Olhão apresentou uma candidatura para o Chalé João Lúcio, outro local onde o tubarão poderá navegar.
Ainda assim, e fazendo fé na fonte, o tubarão-caloteiro irá mesmo para o Matadouro!

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