Nos negócios, o silêncio é regra de ouro e por isso não nos estranha que a discussão publica sobre o Plano Estratégico da Aquicultura que envolve as Rias Formosa e de Alvor, não tenha a necessária divulgação para que todos os interessados possam e devam participar. Assim, a participação ficará ao cuidado de chicos espertos, que estão ou estiveram ligados a entidades publicas.
A participação na discussão pode fazer-se através do portal Participa e aqui deixamos o link para os interessados, http://participa.pt/consulta.jsp?loadP=2589. Desde o dia 17 do corrente mês que está aberta a discussão mas parece que ninguém sabe disso!
Este plano pretende organizar a actividade da aquicultura, ou seja dos viveiros, mas entra em conflito com outras actividades para alem das contradições existentes na exploração conquicola.
Nada temos contra a produção de ostras, mas defendemos que a ostra a produzir nas nossas aguas seja a portuguesa, estando contra a produção da ostra francesa, geneticamente modificada para resistir a certas formas de poluição. Mais, sendo a ostra francesa uma espécie exterior às nossas Rias, pode dizer-se que estamos perante uma espécie exótica e invasora proibida pelos planos de ordenamento em vigor, que as autoridades fingem ignorar.
Por outro lado, a produção intensiva de ostras, altera a qualidade dos fundos, degradando-os e conflitua com todas as outras espécies que vivem nestes meios com fraca renovação de aguas; a ostra consome cem vezes mais alimento e oxigénio que a ameijoa, por exemplo, pelo que a produção intensiva e extensiva pode, a breve prazo, contribuir para uma maior mortalidade das demais espécies.
Nesse sentido, a produção de ostras deve ter zonas especificas, deixando as que têm mais e melhor renovação de agua, para permitir a produção de ameijoa-boa, uma espécie essa sim, a acautelar pela sua elevada qualidade e valor.
Aos viveiristas e a todos os interessados na valorização das actividades tradicionais da Ria Formosa, apelamos à participação nesta discussão publica que termina no dia 12 do próximo mês. Até porque, por detrás desta discussão se escondem elevados interesses dos quais a ministra do mar, o secretario de estado das pescas e até do presidente da câmara municipal de Olhão, são os principais protagonistas.
Participar é também uma forma de lutar. Vamos a isso!
Cascais tem uma Comissão especial de Pescadores para defender os interesses dos pescadores porque razão em OLhão e em toda a Ria Formosa não se organiza uma comissão desse tipo para defesa dos mariscadores viveiristas e pescadores da Ria formosa?
ResponderEliminarNa protecção dos seus interesses a MAFIA nunca irá permitir a existência de qualquer estrutura organizativa que esteja fora do seu controlo.
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