Não é nada que não se soubesse ou se previsse, mas a ganancia, os interesses sobrepõem-se a qualquer solução mais consentânea para com aqueles que deram a origem à nossa cidade. Estamos a falar da situação da pequena pesca artesanal!
Já terminou o prazo da discussão pouco publica do regulamento do porto de pesca, que é na prática a privatização de um serviço até aqui prestado pelo Estado, regulamento esse que pode ser visto em file:///C:/Users/admin/AppData/Local/Packages/Microsoft.MicrosoftEdge_8wekyb3d8bbwe/TempState/Downloads/Proposta_de_Regulamento_de_Exploração_e_Utilização_do_Setor_da_Pesca_Artesanal_sito_no_Porto_de_Pesca_de_Olhão%20(3).pdf .
Assim dos trezentos e cinquenta e cinco lugares de amarração do porto de pesca (artesanal) apenas serão destinados à pesca 66 e os restantes à náutica de recreio.
Depois de terem corrido com as pequenas embarcações no lado poente da frente ribeirinha, correm agora da zona central e de seguida será a vez de fazerem o mesmo dentro do próprio porto de pesca.
Claro que tudo isto em nome de uma perspectiva de desenvolvimento delineada pelo presidente a câmara, António Pina, cozinhada com a anterior ministra do mar e do seu secretario de estado das pescas, para concessionar uma vasta área, antes ligada à pesca, que agora servirá para a náutica de recreio.
Claro que para os gananciosos que estão por detrás da concessão não importam os impactos que o crescimento da náutica de recreio terá para esta zona da Ria Formosa. Para eles a única coisa que conta é o lucro. Mas e o presidente não terá responsabilidades?
Esta foi uma das razões porque a defunta Polis deixou de fazer o estudo da capacidade de carga do tráfego marítimo, porque como foi dito na altura, a promoção e crescimento da náutica de recreio era incompatível com as restrições que se previam caso o estudo avançasse. Isto é, para restringir o tráfego marítimo, então ele teria de se dirigir às embarcações de pesca e aí a Polis foi obrigada a recuar.
Mas nestas coisas mudam os tempos e mudam as vontades, restringindo a pesca por outras formas, criando dificuldades aos sobreviventes, como o agravamento das condições de amarração. Os pescadores da pequena pesca vão ver agora quanto vão ter de pagar para estacionar o barco num porto de abrigo, construído com fundos comunitários para eles, de onde serão corridos para darem lugar ao turismo.
A canalha no Poder não olha a meios. A pesca é para acabar!
A preservação e desenvolvimento das forças produtivas, e neste caso particular da pesca artesanal, configura o estado de guerra contra os traidores.
ResponderEliminarMas a guerra não diz respeito unicamente aos pescadores, urge unir tudo e todos que estão na mira do inimigo comum, e fazer-lhes frente de peito feito, sem medos, só perderemos as grilhetas que nos acorrentam.
No quem é quem na Europa, Portugal um país embrulhado com carimbo de turismo. Tudo o que criar conflito com o que foi assumido na adesão é para eliminar de forma mais ou menos rápida ou disfarçada. Só anjolas é que têm dúvidas mas jamais a MAFIA.
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