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sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

OLHÃO: E SE UM DIA ACONTECER AQUI?

França - Consumo

Um surto de norovírus força a proibir a venda de ostras e mexilhões produzidos no norte da França

13/01/20 França - Um surto de norovírus, vírus responsável por 50% das gastroenterites devido a intoxicação alimentar na União Europeia, atribuível a ostras em mau estado, afetou mais de 650 pessoas na França e forçou autoridades a proibir a venda, bem como a de outros moluscos bivalves, como mexilhões no país, Luxemburgo, Bélgica ou Suíça.

De acordo com investigações conduzidas pelas autoridades da Gália, a origem do surto de norovírus poderia ter ocorrido em moluscos bivalves do norte da França e nas áreas da Bretanha e Normandia em dezembro passado.

No total, foram recebidos 123 relatos de intoxicação alimentar coletiva, destes, 87 ocorreram a partir de 23 de dezembro.

Em comunicado, o prefeito de L'Ille-Et-Vilaine garantiu que a proibição será aplicada "até a restauração de uma situação satisfatória".

No momento, continuam as investigações sobre como foi possível produzir uma intoxicação desse tamanho, e tudo indica que isso pode ser atribuído a descargas descontroladas de águas residuais que chegaram à costa onde estão localizadas as fazendas de moluscos.

No momento, ninguém foi afetado pelo consumo de moluscos bivalves da França na Espanha; portanto, a Agência Espanhola de Segurança e Nutrição Alimentar (AESAN) não emitiu nenhum alerta.

O texto acima foi retirado de http://www.mispeces.com/nav/actualidad/noticias/noticia-detalle/Un-brote-de-norovirus-obliga-a-prohibir-la-venta-de-ostras-y-mejillones-producidos-en-el-norte-de-Francia/?fbclid=IwAR0iete-erQgRmLO9eJfueAOwxhVfnWXqJjwuYiDtM1k-y0_8FRPKas-gt0#.XiGP38j7TIX.
Em Olhão temos esgotos directos, sem qualquer tratamento e que estão na origem da desclassificação das zonas de produção de bivalves e que já chega à costa, a mais de seis quilómetros de distancia, contrariando assim a ideia de que se limitavam a uma distancia de 400 metros.
Se a situação condiciona a actividade conquícola, impedindo os produtores de trabalhar, sem receber qualquer contrapartida do estado poluidor, e ainda obrigados a pagar taxas e mais taxas, a questão que se coloca perante a noticia que nos chega de França, é a de saber como vão reagir as autoridades portuguesas.
Não sabemos, e temos muitas duvidas quanto ao reporte das entidades de saúde a respeito da taxa de incidência de relatos de doenças gastrointestinais provocados pelo consumo de bivalves. No entanto temos conhecimento de alguns casos, só que, e felizmente, não tiveram consequências de maior. Mas se um dia surgir um intoxicação colectiva, ela poderá por em causa toda a produção de bivalves na região.
Por outro lado lembramos que o IPMA, a entidade que procede às analises, decreta as interdições já depois dos bivalves serem consumidos, quando deveriam ser feitas através da presença na agua. Isso sim, seria fazer prevenção!
Mas se um dia acontecer, sabemos quem é o responsável por esta situação. Cabe às autarquias da área da Ria Formosa colocar um ponto final no despejo de esgotos sem tratamento e obrigarem a Aguas do Algarve a reutilizar os efluentes tratados na agricultura, tanto mais que estes efluentes são ricos em fosforo e azoto, fertilizantes agrícolas.
Enquanto persistirem no actual sistema de drenagem dos esgotos e dos efluentes das ETAR, situações como a que ocorre em França pode acontecer aqui e são as entidades publicas, o Estado, os principais responsáveis por estes atentados à saúde publica.
Devemos também dizer que, as ostras produzidas na Ria Formosa são encaminhadas para França para serem objecto de "afinação" e algumas delas poderão ter sido enviadas daqui. Com essa brincadeira conseguiram proibir a comercialização de ostras e mexilhão em França, Bélgica, Luxemburgo e Suíça.
NÃO ARRUÍNEM A NOSSA PRODUÇÃO DE AMEIJOA!

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