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segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

RIA FORMOSA: PAqAT, PARA QUÊ?

Na passada sexta-feira visitámos o site da DGRM e nada havia sobre o PAqAT, mas no sábado seguinte já lá estava e anunciada a sua discussão com inicio para hoje.
Consultado site Participa, à hora a que escrevemos ainda não nenhum publicação e o prazo já está a contar.
Quanto à nova versão do PAqAT, no que à Ria Formosa diz respeito, está igual à primeira versão, com a mesma faixa de protecção dos esgotos e abrindo a porta para grandes áreas de produção de … ostras, porque é disso que se trata, quando se pretende aumentar a aquicultura.
Reconhecido o impacto das descargas de esgotos directos e sem tratamento, não se vê a menor intenção de corrigir o quer que seja, continuando a permitir-se que aqueles esgotos continuem a poluir.
Baseado num documento ultrapassado pelo tempo mas que tem algumas curiosidades, nomeadamente quanto à qualidade ecológica das aguas da Ria, afirmando-se que elas são de qualidade excelente. Nota-se a excelência das aguas na zona de produção Olhão 3 que está interdita.
Estamos fartos de chamar a atenção para o facto de na competição entre espécies pelo alimento e oxigénio as mais fracas sucumbirem. Assim a produção mista de ostras e ameijoas acabará por matar estas, o elo mais fraco. E como se isso não bastasse a degradação do substrato onde se produzem ostras, ditará o fim da produção de ameijoa se não for acautelada zonas demarcadas para a produção de cada uma das espécies.
Claro que seja qual a solução encontrada, ela dependerá sempre do fim dos esgotos directos e das descargas poluentes e os produtores de ameijoa têm também de lutar por isso.
Na actual situação, os viveiristas têm de se reunir, discutir e organizar e participar activamente nesta discussão publica e não só. Se continuarem divididos acabarão por serem todos corridos das suas actividades.
Para aqueles que julgam que a produção intensiva de ostras os vai garantir no futuro, desenhem-se que quanto mais ostras houver, com menor renovação de aguas, também elas acabarão por morrer, algo que já vai acontecendo. É pena é que as autoridades não cuidem de saber para onde vão as ostras mortas, porque a sua entrega a destino certo, tem custos!
Unam-se e lutem!

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