Já está no site da DGRM a publicação de que a partir do próximo dia 6 de Janeiro estará em discussão publica, no portal Participa, a 2ª versão do Plano para a Aquicultura em Aguas de Transição (PAqAT), como pode ser confirmado em https://www.dgrm.mm.gov.pt/web/guest/plano-para. Junto com o anuncio vêm os documentos dos quais pode ser feito o dwoload.
A primeira versão caiu porque em Aveiro os aquacultores se pronunciaram de forma negativa por entenderem que não estavam salvaguardados os seus interesses. Na Ria Formosa ninguém protestou, ou melhor dizendo apenas surgiram os protestos depois de ser anunciada uma proposta para a instalação de um viveiro com cerca de 100.000 m2.
Obviamente que as entidades oficiais apostam no crescimento aquícola sem contudo salvaguardarem impactos negativos para os ecossistemas em que se inserem as aguas de transição. Na verdade, o IPMA, enquanto entidade responsável, deveria ter feito o estudo da capacidade de carga da produção das diversas espécies, mas só se preocupou com a da ameijoa, para de certa forma branquear o que se passa na Ria Formosa. Atribuir à elevada densidade (?) a responsabilidade pela mortalidade da ameijoa quando se sabe que ela morre porque é atacada por um parasita que encontra neste tipo de poluição o meia adequado à sua proliferação. E por isso entendeu que a densidade ideal seria a de 120 unidades, cerca de dois quilos, por m2.
Então e para a ostra não há nenhum estudo? Aquilo a que temos assistido nos últimos anos é à produção super intensiva de ostras, de uma espécie exótica, com consequências para todo o ecossistema lagunar.
Já começam as reclamações quanto aos estragos provocados nos fundos destes viveiros, que se transformam em lodosos e não permitem a vida às outras espécies, para não falar no elevado consumo de alimento e oxigénio. A ostra consome cem vezes mais alimento e oxigénio que a ameijoa sendo incompatível a produção mista.
É preciso que todos os produtores de ameijoa se pronunciem contra o aumento da produção de ostra sem que primeiro tenham criado as zonas para a produção de ostras e outra para a produção de ameijoa. Não o fazer, pôr em competição a ameijoa com a ostra, sendo esta mais forte, é natural que a ameijoa sucumba.
Vamos lá a ver se desta vez, as associações representativas dos viveiristas se pronunciam contra esta porcaria, sob pena de aqui a mais uns anos não termos nem ameijoas nem ostras.
Estão matando as actividades económicas tradicionais da Ria Formosa para as substituir por outras, apenas para alimentar a ganancia de alguns senhores, com o presidente da câmara à cabeça.
Participar nesta discussão publica é já uma forma de luta que todos os que defendem a Ria Formosa!
Quando se quiser reformar, o que nunca acontecerá, um bom pé de meia com os terrenos alugados, comprados, herdados ou sei lá como, não esquecendo os antigos subsídios do IFADAP, por onde passeou, que serviram de rampa de lançamento, estímulo e alargamento para o negócio dos carcanhóis de parcerias que também estão na vida artística! Um negócio Familiar -amigos, amigaz, etc- que floresce na Ria em detrimento da produção de ameijoas. Pelo menos nunca ouvi dizer que os carcanhóis tinham toxinas e vendem-se bem para o estrangeiro!
ResponderEliminarPelo que li esse plano é mais uma farca feita encima do joelho entao vamos ler as asneiras e contradicoes ditas. Diz que a a etar olhao poente esta na pior fase devido a falta de capacidade. Mas estao esra etar nao esta já desactivada? Fala da elevatoria dos mercados mas esta ja esta a ser arranjada. Depois diz que no ultimo trienio houve analizes D na olh3 pois tem razao houve em 2018e 2019 actualmente estamos em 2020 mas á data que o texto foi escrito era interessante ver em que analises se baseiam pois a existirem foram ocultas. Pois so em marco 2019 a olh3 passou a D devido a um resultado de 2018.assumam que querem o fim da olh3. Pois se ha um esgoto acabem com ele e nao acabem com viveiros de decadas
ResponderEliminarDizem eles..... "Já a zona OLH3 encontra-se classificada como zona proibida (de acordo com a classificação constante do Despacho n.º 2102/2019, de 1 de março), sofrendo influência da contaminação orgânica proveniente do sistema pluvial que drena para a zona ribeirinha central de Olhão, bem como a proveniente de eventuais acidentes e avarias na Estação Elevatória do Mercado de Olhão, e, ainda da ETAR Poente de Olhão, cujas condições de funcionamento se encontram de momento agravadas, dado tratar-se de uma ETAR de lagunagem subdimensionada para a população servida, de não apresentar desinfeção e da sua eminente desativação e futura integração na ETAR intermunicipal Faro-Olhão. Esta ETAR liberta caudal máximo da ordem dos 9.026 m3/dia e a qualidade do sedimento na zona evidencia sinais de degradação e condições de anoxia. De facto, entre 2000 e 2017, a zona OLH3 tem vindo a registar um aumento da contaminação por E. coli em bivalves que vivem no substrato, como a ameijoa-boa, tendo os valores de contaminação correspondentes às classes C, e mesmo D (no último triénio), vindo a aumentar (Gaspar et al., 2018). "____
ResponderEliminarO grande problema é que os viveiristas não respeitem as analises e sempre trouxeram para terra o marisco dos viveiros daquela Zona OLH.3, é um grande atentado a saúde publica e as autoridades nada fazem.
ResponderEliminarÈ um atentado tao grande que niguem morreu. A conquilha tambem esteve fechada o ano todo e toda gente comeu no verao e niguem morreu isto das analizees é tudo balelas
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