A Direcção Geral de Saúde e a ministra habituaram-nos a que aquilo que hoje é verdade seja mentira amanhã.
No Portal do Governo podia ler-se https://www.portugal.gov.pt/pt/gc22/comunicacao/documento?i=recomendacoes-da-dgs-sobre-coronaviruscovid-19-recommendations-on-coronaviruscovid-19, que não estava indicado o uso de mascaras excepto para as pessoas que tivessem problemas respiratórios (tosse e espirros), suspeitos de infecção por Covid 19 ou pessoas que prestem cuidados a suspeitos de infecção com o Covid 19. Esta é mais uma daquela contradições a que as nossas entidades responsáveis pela gestão da crise nos habituaram. Num dia diz-se que não é preciso para no outro dizer que afinal faz falta.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades e não é por acaso que assim acontece. A primeira questão que se coloca quanto à utilização de mascaras não cirúrgicas, é que elas não protegem o seu portador mas terceiros. Ou seja, eu posso utilizar a mascara mas não estou protegido! E quem me protege a mim?
Não foi por acaso que foi tomada esta decisão tanto a nível interno como externo. A pressão dos agentes económicos sobre os governos, levaram a que estes se decidissem pelo regresso à normalidade porque todos anseiam, mas uma normalidade que vai alimentar a pandemia por mais tempo.
No fundo o que está em causa é o regresso ao trabalho, sem que esteja assegurada devidamente a protecção dos trabalhadores, mas garantindo o património e a carteira do patrão. Diga-se que desde o inicio das restrições que os representantes das grandes empresas logo se apressaram a pedir apoios do Estado mesmo que tenham a sua sede fiscal em paraísos fiscais para onde escondem os lucros. Coitados, estão mesmo necessitados!
Quem não está necessitado é o trabalhador por conta de outrem, entretanto despedido, nalguns casos ilegalmente, ou com salários em atraso, tudo que o governo permitiu.
Qual será a nova contradição?
Na prais de Faro continuam a passear o casal de policias marítimos coladinhos no banco da motoquad sem máscara ou luvas ou sequer capacete caçando quem sózinho e distanciado de qualquer pessoa tentam safar alguma coisa para comer mariscando.
ResponderEliminarEdital nº 18/2020 da Capitania do Porto de Faro, referente às praias marítimas dos concelhos Faro e Loulé. Faz o que mando e não olhes ao que faço, quanto ao resto.
ResponderEliminar