Ontem, dia 13 de Junho fomos confrontados com noticias diferentes sobre o mesmo assunto e que nos levam a pensar que nos querem comer por parvos.
Comecemos por ver a que vem publicada em https://www.algarveprimeiro.com/d/dgsalgarve-sem-novos-casos-/32711-1. Aqui está tudo bem, felizmente. Mas será assim? É que em https://postal.pt/saude/2020-06-07-Subida-drastica-de-novos-casos-no-Algarve.-Portugal-com-mais-342-infetados-e-5-mortos, registam mais sete novos casos na região.
Desde que foi declarada a pandemia que assistimos a um discurso de manhã, outro à tarde e outro ainda à noite; conforme o objectivo politico delineado, assim o discurso dá as boas ou más novas sobre a evolução da pandemia.
Olhando para trás, fica-nos a sensação de que não foram as medidas tomadas que ajudaram a combater o vírus, mas antes o medo a que induziram as pessoas. Ao mais velhos eram apontados como os maus da fita por não ficarem em casa, feitos prisioneiros, mas foram os "prisioneiros" que foram mais fustigados pela pandemia, estivessem "presos" em casa ou num lar.
De forma semelhante são vistos agora os mais novos, com a abertura às actividades económicas, a poderem frequentar os cafés, esplanadas, bares, restaurantes e algumas festas, algo próprio da irreverencia da juventude. São uns "irresponsáveis" quando tomam uma iniciativa, mas o Poder politico nunca é irresponsável quando promove as suas festas.
Voltando aos textos ontem publicados na imprensa regional, chamamos a particular atenção para o do Postal, porque sem querer nele se mostra como se manipulam os números da pandemia. A pretexto de uma certa "confidencialidade" não se divulgam alguns números. Ora a única confidencialidade admissível diz respeito à identificação dos doentes e não ao numero de casos.
Também se verifica alguma discrepância entre os números de notificações medicas no sistema Sinave e o numero real de casos por não incluir as notificações laboratoriais, podendo não corresponder à totalidade de casos do concelho. E pior ainda quando se trata de um não residente, ou de um residente mas estrangeiro, sendo reportado o numero ao concelho de origem, como se os infectados não estivessem na zona.
Se a isso acrescentarmos o facto do Sinave ter problemas no seu funcionamento, não permitindo uma correcta avaliação da evolução, é caso para duvidar dos números apresentados. Será que os números da pandemia constituem segredo de estado para tanta "confidencialidade"?
Tudo leva a crer que sim! A necessidade de abrir a economia pode determinar a omissão de números que podiam levar ao alarme social; vamos esperar pelo fim do Verão para ver os estragos causados, tanto à economia que dizem querer salvar, como para a saúde das pessoas.
O pessoal quer é festas e andam todos contentes a dançar ao som do roadshow assim ninguém pensa no covid nem das ervas que é uma vergonha por toda a cidade.
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