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sexta-feira, 26 de junho de 2020

OLHÃO: PARA QUE QUER A CÂMARA O DINHEIRO DOS IMPOSTOS?

Parece já não ser novidade a forma como a Câmara Municipal de Olhão, enquanto órgão e o seu presidente António Pina gastam o dinheiro extorquido aos munícipes através da cobrança de taxas e impostos municipais. Mas mesmo assim, uma parte importante da população continua a aplaudir o esbanjamento até que lhes falte o prato de sopa à frente. A ver, vamos se não vão ser confrontados com uma crise económica/financeira maior que a de 2011.
Na altura tivemos a oportunidade de apresentar o contrato de uma empresa/associação para fazer o diagnostico social do concelho, a qual  já celebrou depois disso um outro com a AMAL, presidente por António Pina. Quem mais poderia ser? Ou ele ou o presidente da Câmara de Lagos. A escola é a mesma!
Porque nunca é demais recordar, deixamos aqui o link para o contrato dessa associação/empresa bastando clicar no link para a ele aceder: http://www.base.gov.pt/base2/rest/documentos/792488. Este contrato, no valor de 19.895,00 euros acrescidos de IVA tinha a duração de 300 dias.
Agora somos brindados com mais um contrato, com outra empresa e que também podem ler o contrato em http://www.base.gov.pt/base2/rest/documentos/822939, Este tem como objecto a aquisição de serviços para realizar estudo de opinião qualitativa e quantitativa alusivo às realidades sociais, culturais e económicas do concelho de Olhão. Tem o custo de 34.300,00 euros , mais IVA com a duração de 49 dias, cerca de setecentos euros por dia.
Parece que os óculos do presidente não estão a funcionar bem ou a miopia politica não o deixa enxergar as realidades, quando ainda não há muito tempo foram revelados os números relativos ao concelho de Olhão e que espelham bem essa realidade.
O concelho não atinge os 45.000 habitantes, sendo que cada agregado familiar tem em media três pessoas, pelo que para satisfazer as necessidades habitacionais são precisas 15.000 casas. Acontece que existem 26.000 pelo que cerca de 40% do total se destinam a segunda habitação ou para fins não habitacionais. Mas apesar de haver casas a mais do que a necessidade, os residentes não conseguem suportar o elevado custo das rendas porque a politica urbanística da autarquia passa pela construção de habitações de luxo, adquirindo espaços destinados à especulação imobiliária. Será preciso fazer mais algum diagnostico?
 O desenvolvimento social faz-se através do trabalho, com uma remuneração que permita ás pessoas saírem da bolsa de miséria mas aquilo que vemos é pessoas a trabalharem e continuarem na miséria para engordar a ganancia de meia dúzia de papalvos. Aos poucos vão escravizando os trabalhadores!
Os números apresentados apresentavam mais de cinco mil empresas, na sua maioria, empresas familiares ou pequenas empresas que vivem a balões de oxigénio. É preciso outro diagnostico ou outras politicas?
Embora um borrego tenha deturpado aquilo foi escrito sobre a cultura e desporto que teve um aumento de mais de cem por cento, a verdade é que a maioria da verba gasta se destinou a subsidiar associações criadas a partir de colégios privados ou centros de explicações, alguns com ligações à autarquia, com o fito de se candidatarem a apoios da autarquia, apesar dos pais dos miúdos pagarem as inscrições e mensalidades. É esta a politica cultural? É preciso mais diagnósticos?
Ou todos estes estudos escondem apenas a distribuição dos dinheiros de taxas e impostos por camaradas e amigos? Até quando?

1 comentário:

  1. Cada vez há mais pobreza, pedintes e "bandidagem" em Olhão.

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