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sábado, 25 de julho de 2020

OLHÃO: COMO SE GASTAM OS DINHEIROS PUBLICOS?

1 - Há dias atrás anunciávamos uma degustação de ameijoas com a presença de Pina e Apolinário mas entretanto soubemos que tal degustação custou quase cinco mil euros. Se pensarmos que o coordenador algarvio do combate à pandemia e do presidente da AMAL não iriam cair na situação de promover um almoço-ajuntamento com mais do que o numero de pessoas previsto pela DGS, então o repasto terá custado cerca de duzentos euros por cabeça. Nada mau!
E pensar que há pessoas com fome no concelho para andarem a esbanjar dinheiro desta maneira, e ainda por cima para uma acção que não deu em nada, já que ninguém quer negócios de ameijoas com as grandes empresas de distribuição, tal como era de esperar. Cinco mil euros apenas para mamar!
2 - A Câmara Municipal de Olhão anunciou a vinda do camião da Boa Esperança, como se pode ver em http://www.cm-olhao.pt/destaques2/2872-camiao-da-esperanca-ajuda-a-desfrutar-das-praias-olhanenses-em-seguranca, camião que estará estacionado na Fuzeta durante seis dias.
A iniciativa é uma promoção da Região de Turismo do Algarve e conta com a participação de seis municípios da região. Consultado o portal base do governo, verificamos que até ao momento, apensa dois municípios, Olhão e Albufeira, publicitaram o respectivo contrato, sim porque aquilo é pago e bem pago! Atenção que no caso de Olhão, a empresa foi contratada pela Fesnima, conforme o contrato que pode ser visto em http://www.base.gov.pt/base2/rest/documentos/826252. Por seis dias são menos uns patacos que vinte mil euros, o que equivale a dizer que estamos a pagar as ferias de alguém á pala da realização de testes à Covid, os quais só serão gratuitos se prescritos por um medico do SNS. Gratuitos para as pessoas mas a conta vai para o SNS.
No entanto a empresa contratada tem como objecto a organização de actividades de animação turísticas, outras actividades desportivas não especificadas, organização de feiras e outros eventos similares. Nada que tenha a ver com saúde e desconhecemos se a entidade publica responsável reconhece a capacidade dela para a realização dos tais testes.
É verdade que antes realizou testes em Almodôvar, durante sessenta dias pela modica quantia de 60.000,00 euros, à razão de mil euros por dia. Mas aqui no Algarve, os mouros pagam "somente" 3.333,33 euros pelo mesmo período de tempo.  Quem é amigo? Quem é?
Aproveitando a onda, a Agregação de Juntas Moncarapacho/Fuzeta mandou os seus, cerca de cinquenta funcionários, realizarem testes serológicos que foram pagos, que isto de juntas da oposição não entram nas contas da Fesnima.
Dito de outra forma, temos uma empresa contratada para fazer negocio. Que rico evento! Vou arranjar uma forma de gozar ferias por esse País fora à pala dos dinheiros públicos nem que para isso tenha de me filiar no partido do poder.
3 - Enquanto as pessoas não interiorizarem que os eleitos têm a obrigação de prestar contas ao Povo que os elege, que têm que ter alguma contenção nos gastos supérfluos, que os dinheiros não podem ser utilizados desta forma, vamos assistir ao definhar das suas condições de vida.
Não são as pessoas que têm de ter medo dos políticos governantes mas antes, são essa canalha que deve medo do Povo. Ou governam a pensar no Povo ou então devem ser corridos!


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